O cineasta Martin Scorsese afirmou que produziu o documentário sobre George Harrison por se sentir atraído por “suas letras”, segundo declarações divulgadas pela rede de televisão BBC. O diretor confirma que “durante anos, a música de Harrison parecia tratar sobre temas que os conectavam”.
A admiração de Scorsese pelo ex-beatle resultou na gravação do documentário George Harrison: Living In The Material World, que aborda de maneira precisa toda vida do lendário guitarrista. Em uma comentada pré-estreia no último domingo, o filme foi apresentado na capital britânica.
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A sessão contou com ninguém menos que os músicos Paul McCartney e Ringo Starr, assim como as viúvas de John Lennon e George Harrison, Yoko Ono e Olivia Harrison, respectivamente, além de George Martin, ex-produtor do grupo. McCartney se referiu ao companheiro – que morreu em 2001, vitima de câncer no pulmão -, como “um grande homem” e um “cara legal”.
Scorsese, diretor de Taxi Driver e Os Infiltrados, disse à BBC que costumava encontrar “amparo, esperança e uma experiência especial” quando escutava as letras de Harrison. Para o diretor, o amor que Harrison sentia pela Índia transformou a cultura ocidental: “George foi quem nos abriu a mente neste aspecto”.
O documentário George Harrison: Living In The Material World, de 3h30 de duração, se divide em duas partes: uma focando seus anos de fama e outra para relatar sua fase posterior aos Beatles.
Conforme o cineasta, a colaboração de Olivia, viúva de Harrison, foi fundamental para a realização do filme, já que ela permitiu o acesso do diretor aos arquivos fotográficos familiares e aos objetos pessoais do artista.
A pré-estreia na capital britânica também contou com outros nomes conhecidos, como o guitarrista Noel Gallgher (ex-Oasis), o ator Ben Kingsley, o Ronnie Wood (Rolling Stone) e a ex-esposa de Harrison, Pattie Boyd.