Django Livre, de Quentin Tarantino
Django Livre irá levar Quentin Tarantino à China. Com estreia marcada para 11 de abril, o filme será o primeiro da carreira do diretor a ser lançado naquele país, dono do segundo maior mercado cinematográfico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
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Um lançamento chinês se torna ainda mais cobiçado porque as rigorosas leis locais permitem que apenas 64 filmes produzidos fora do país sejam exibidos por ano nos cinemas e a maioria ganha apenas um mês de exibição, o que torna a disputa por uma vaga bastante acirrada.
Mas mesmo um prazo tão curto costuma compensar. O exemplo mais recente é o de As Aventuras de Pi, de Ang Lee, que arrecadou US$ 90.8 milhões em um mês, e o mais impressionante é o de Avatar, de James Cameron, que conquistou US$ 195 milhões, sua maior bilheteria fora dos Estados Unidos.
E Tarantino não terá sequer que se preocupar com um grande problema que afeta os lançamentos estrangeiros na China, a censura. Em geral, filmes de western sofrem menos cortes e a previsão é de que Django Livre perca cerca de dois minutos apenas. Praticamente nada, comparando a filmes como o recente A Viagem, que teve 40 minutos eliminados.
Segundo o consultor de negócios Stanley Chao, especialista em assuntos relacionados à China, o tema da escravidão pode ajudar o filme a conquistar o público chinês. “Os chineses em geral conhecem o passado da América – eles sabem a parte ruim. Eles aprenderam sobre a escravidão e o Velho Oeste na escola. Se eles ouvirem sobre um filme norte-americano que tem violência e pistoleiros, isso fará com que eles se interessem em assistir”, aposta o executivo, entrevistado pelo site australiano The Age Entertainment.
Com um elenco liderado por Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio e Samuel L. Jackson, Django Livre já arrecadou mais de US$ 400 milhões, sendo o filme mais lucrativo da carreira de Tarantino, além de ter conquistado os Oscar de roteiro original e ator coadjuvante (para Waltz).