No dia 5 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Cinema, data que celebra a importância da expressão artística e também o seu impacto social. O papel dos incentivos fiscais, por exemplo, é essencial para que a produção audiovisual ganhe relevância. Em um cenário no qual produções nacionais e independentes enfrentam desafios financeiros, os incentivos fiscais tornaram-se uma peça-chave para a sustentabilidade e o crescimento da indústria cinematográfica no Brasil.
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Separamos para celebrar este dia, cinco longas nacionais que receberam aporte e com certeza estão na lista de filmes aclamados no país, além da aguardada estreia de “Ainda Estou Aqui”: Dirigido por Walter Salles, o filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e narra a história de sua mãe, Eunice Paiva, durante a ditadura militar. A produção foi beneficiada pela Lei Rouanet e teve sua estreia no Festival de Veneza.
Longas nacionais com investimentos da Lei Rouanet:
Minha Mãe é uma Peça (2013) – R$ 2,5 milhões
Tropa de Elite (2007) – R$ 6,5 milhões
Dois Filhos de Francisco (2007) – R$ 6 milhões
Zuzu Angel (2006) – R$ 1,5 milhão
A Casa de Areia (2005) – R$ 2,2 milhões
Projetos da Lei Rouanet, alvo de intensos ataques durante o governo Bolsonaro, captaram mais de 1,26 bilhão de reais de janeiro a outubro deste ano. O valor é quase 55% maior que o recorde para o mesmo período — de 813 milhões de reais, registrado nos primeiros dez meses de 2023. O número de projetos submetidos ao ministério também já bateu recorde neste ano, com mais de 15.600 propostas. Em todo o ano de 2023, foram quase 12.000.
Vanessa Pires, CEO da Brada, maior e mais completa startup para buscar investimento de incentivo em impacto positivo, destaca a importância desses incentivos como meio de fomentar novos talentos e estimular a criação de conteúdo cultural. “Os incentivos fiscais funcionam como um verdadeiro motor para o cinema brasileiro, permitindo que ideias saiam do papel e cheguem às telas. A Brada está comprometida em orientar empresas e produtores a entenderem e aproveitarem essas oportunidades, que vão muito além do financiamento. É uma forma de apoiar não só a economia, mas a cultura e a identidade do país”, afirma Pires.
Os incentivos, regulamentados por leis como a Lei do Audiovisual, permitem que empresas destinem parte do imposto devido para financiar produções audiovisuais, gerando um impacto direto na oferta de empregos, na economia local e no acesso à cultura. “Esse modelo de financiamento não apenas fortalece a indústria, mas também amplia o alcance de produções diversificadas, enriquecendo a experiência do público”, complementa Vanessa.
Portanto, neste Dia do Cinema, celebramos não só a arte em si, mas também as ferramentas que ajudam a cultivá-la. “A cultura é um investimento a longo prazo, e os incentivos fiscais são fundamentais para sua continuidade. Nosso papel é assegurar que cada vez mais empresas e investidores vejam o valor desse apoio, fortalecendo todo o ecossistema do cinema brasileiro”, conclui a executiva.