O impacto da trilogia Se Beber, Não Case! nas carreiras de
todo seu elenco é óbvio, mas ninguém faz tanta questão de salientar isso quanto Ken Jeong,
que apareceu pouco no primeiro filme e chegou ao terceiro quase como um
protagonista.

O ator, também lembrado por seu papel na série de TV Community, não
se incomoda sequer com o fato de os fãs imaginarem que ele é meio Mr. Chow na
vida real. “Isso acontece o tempo todo, as pessoas ficam muito surpresas quando
veem que eu não sou tão maluco”, admite.

Jeong, que é médico e chegou a visitar o Rio nove anos atrás,
quando ainda exercia a profissão, revela ser um sujeito tímido e diz que atuar
é justamente a chance de expressar suas pequenas loucuras. Segundo ele, Chow
não existiria se não fosse pelo apoio de sua mulher, também médica, que não apenas
o incentivou a trocar de vez de carreira como até sugeriu a voz tão característica
do personagem, bem diferente da do ator.

Insistindo que esse é o personagem favorito de sua carreira,
Jeong acrescenta que não se importa com estereótipos. Na verdade, ao ser perguntado
se não se incomoda com a hipótese de ser considerado Chow para sempre, ele ri e
responde que “isso seria um sonho”.

Bastante feliz com o crescimento de seu personagem durante a
trilogia e a importância no encerramento, o ator conta que foi dele a sugestão de
Chow cantar Hurt em um karaokê, uma cena marcante no último filme. “Eu adoro as
duas versões dessa música, com Johnny Cash e com o Nine Inch Nails, e achei que
ela seria perfeita para mostrar que Chow também tem um lado vulnerável”, explica,
antes de admitir que ama karaokês também na vida real e contar que certa vez,
quando estavam divulgando um dos filmes na Alemanha, ele e Justin Bartha
(que faz o papel de Doug) ficaram cantando em um até o lugar fechar, chegando ao ponto de inventar suas próprias
músicas.

Extremamente grato, Ken Jeong credita à trilogia o fato de ter
deixado de vez seu emprego tradicional e se tornado um ator em tempo integral,
diz que toda a experiência foi incrível e que encerrar a história com uma participação
tão grande e decisiva foi algo “além de um sonho transformado em realidade”.

Sem conseguir escolher uma cena favorita, o ator, que admite
pensar “Meu Deus, esse sou eu!” e até hoje ficar um pouco chocado ao assistir sua
performance nos filmes, destaca sua primeira aparição, quando, por sugestão dele
mesmo, foi visto saindo nu de um porta-malas. “Devo minha carreira ao fato de
ter pulado pelado daquele porta-malas”, avalia, aos risos.


int(1)

‘Devo minha carreira ao fato de pular pelado de um porta-malas’, avalia Ken Jeong

Sair da versão mobile