Os atores Denzel Washington e Ryan Reynolds aparecem como os protagonistas do filme de ação e espionagem Safe House, que estreou na última sexta-feira (10) nos Estados Unidos.
Dirigido por Daniel Espinosa, o filme é ambientado na Cidade do Cabo, na África do Sul, e relata uma história de traição e corrupção dentro da CIA, que envolve um de seus agentes mais lendários (Washington) e um novato (Reynolds).
“Este filme me deu oportunidade de trabalhar com alguns dos grandes talentos do cinema. Para um jovem sueco isto é bastante extraordinário”, brinca Espinosa, filho de refugiados políticos chilenos.
Durante a apresentação do filme em Nova York, Espinosa explicou que quase não teve o roteiro nas mãos, mas pensou em Denzel Washington para esse papel de espião traidor, enquanto Reynolds surpreendeu o diretor com seu talento e acabou sendo convidado.
“Não estava em minhas perspectivas, mas falei com ele e vi que tem grandes qualidades. É como um jovem Robert Redford e tem um grande carisma”, disse o diretor sobre o canadense Ryan Reynolds, protagonista de sucessos como Apenas Amigos e Lanterna Verde.
Denzel Washington, de 57 anos, se interessou pelo filme ao “descobrir o lado obscuro” de seu personagem, que foi inspirado na leitura do livro The Sociopath Next Door, de Martha Stout, espécie de “bíblia para desenvolver o personagem”.
“Pensava que um sociopata seria alguém violento, e alguns são, mas acho que, sobretudo, o que querem sempre é ganhar. Gosto do caos que eles causam. Tinha que encontrar a maneira de ganhar em cada cena do filme”, explicou o conhecido ator.
Reynolds, que definiu seu companheiro como um “grande apaixonado”, achou proveitosa a chance de atuar no primeiro grande filme do diretor nos Estados Unidos. “Isso me atraiu mesmo, assim como meu papel”, confirmou Reynolds.
Além da dupla de protagonista, o filme ainda conta com Sam Shepard, Vera Farmiga (Os Infiltrados) e o panamenho Rubén Blades, que volta às telas para viver Carlos Villar, um ex-revolucionário e falsificador que vive no subúrbio da Cidade do Cabo.
No entanto, o músico e ator reconheceu que é necessário melhores papéis e mais variedade em Hollywood. “Quase sempre nos escalam em papeis de latinos. Isso teria que mudar um pouco”, afirma Blades.
Entre seus projetos, Blades – que confessa que no futuro deseja fazer um western e “interpretar Edgar Allan Poe” – afirmou à Agência Efe que deverá atuar no filme O Libertador como um assessor de Simón Bolívar.