“Blockbuster” traz aos espectadores uma visão diferente sobre a direção e produção de um filme. Com diversos efeitos especiais e com a narrativa de um diretor de cinema que decide expor sua arte de forma caótica, misturando os gêneros e trazendo uma comédia sombria, o filme conta com direção e roteiro assinados pelo mineiro Rafael Toledo e é um dos indicados à categoria “Curtas Narrativos” do Slamdance Film Festival, festival de cinema independente que ocorre anualmente em Park City, Utah, nos Estados Unidos.
> Siga o Virgula no Instagram! Clique e fique por dentro do melhor do Entretê!
A ideia principal do curta é mostrar ao público o que a busca pela beleza pode levar para as telas. No roteiro, um cineasta decide explodir prédios para mostrar até que ponto o poder de “simplesmente destruir” é belo. “Escolhemos o nome não por um mero acaso, ou estética. Nós traduzimos para o português, de forma literal, ‘Explodir quarteirões’ e mostramos a experiência de que o personagem principal, Abel, tem em retratar o poder de tudo ir aos ares por livre vontade de ‘simplesmente explodir’ algo”, explica Rafael Toledo. Outra alusão, veio do conceito de filmes destinados ao grande público, que possam surpreender ainda mais os seus espectadores
A equipe de Rafael quis levar ao público uma experiência diferente. Para esta produção, utilizaram não somente recursos digitais, como efeitos especiais, como também muitos dos efeitos práticos, “Estudamos diversas formas de criar cenas, queríamos surpreender o espectador. Colocamos a mão na massa para ver como os objetos poderiam explodir, quais as consequências destas ações. Explodimos uma lata de forma real, na sala de casa, e refizemos a cena várias e várias vezes, até alcançarmos o nosso objetivo”.
Sendo um filme produzido de forma totalmente independente, mas pensado de forma grandiosa, eles esperaram um ano para finalizar na pós-produção. Foram meses de espera tomando todos os cuidados na busca de profissionais que pudessem trazer as melhores explosões e cenas. O resultado veio da Golden Hour VFX, uma equipe indiana que eles conheceram pela internet, “Entramos em contato com uma equipe de efeitos especiais da Índia. Conhecemos eles e gostamos do trabalho, foi uma experiência totalmente diferente, mas valeu muito a pena. Conseguimos criar algo coletivamente, mesmo à distância, e ficamos felizes com o resultado”.