Os parentes de uma vítima de assassinato criticaram hoje a atriz Hilary Swank e os produtores do filme Conviction, por não terem sido consultados pela produção do longa, que relata a história de sua família.
O filme de Tony Goldwyn que estreia na próxima sexta-feira nos Estados Unidos e no Canadá, narra a história de Betty Anne Waters (interpretada por Swank), uma mãe capaz de tudo, inclusive de estudar Direito, para lutar para que seu irmão, Kenneth, fosse libertado da prisão.
O longa se baseia na vida real de Waters e seu irmão, condenado pelo assassinato da garçonete Katharina Brow, mãe de dois filhos, encontrada morta em sua casa.
Kenneth foi condenado em 1983 e saiu de prisão 18 anos depois, graças aos esforços de sua irmã, que apresentou uma amostra de DNA que o inocentava.
Através de sua advogada, Gloria Allred, Melrose Brow e Charlie Brow, filhos de Katharina Brow, disseram que Swank – protagonista e produtora-executiva do filme – e os produtores tinham a obrigação moral de reunir-se com eles antes ou durante a filmagem, algo que, segundo eles, nunca aconteceu.
“Nossa família se vê forçada a reviver a memória de um crime horrendo”, disse Melrose Brow em entrevista coletiva no escritório da advogada em Los Angeles (EUA.).
Melrose acrescentou que ela e seu irmão queriam saber se sua mãe estaria bem representada no filme e se sua morte seria mostrada.
“Os produtores do filme, incluindo a senhora Swank, nunca se importaram” em fazer contato com a família, afirmou a advogada.