Vestidos a caráter ou não, milhares de admiradores de Guerra nas Estrelas se reuniram no sábado (19) no Planetário da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para participar da recriação do universo da saga cinematográfica de ficção na 10ª Convenção Anual de Fãs da franquia, a Jedicon/RJ.

O evento organizado pelo Conselho Jedi do Rio de Janeiro, um grupo que reúne pessoas apaixonadas pelos filmes e seus personagens, materializou o universo das telas de cinema para quem queria discutir, conhecer mais ou compartilhar o interesse comum com outros fãs.

Além da exibição dos seis filmes que compõem a saga idealizada pelo diretor de cinema George Lucas, a programação ofereceu palestras sobre curiosidades, literatura brasileira de ficção científica, indústria de games, concurso de fantasias e shows de humor, a cargo do ator Fernando Caruso, admirador assumido de Star Wars.

“É realmente algo de que eu gosto muito. Já usei isso em espetáculos de humor, nos meus programas, sempre levando pro caminho da comédia. Sempre que eu posso eu coloco ali porque eu acho que é uma paixão, às vezes declarada, às vezes secreta, de muita gente, mas, quando você coloca ali e as pessoas pegam a referência, você se conecta com elas”, revela Caruso.

Muitos, no entanto, não levaram apenas a memória para o evento e decidiram mostrar que, além de bons conhecedores, também vestem a camisa e, por que não, a fantasia dos seus personagens favoritos.

O analista de sistemas Felipe Marins vestiu-se como o caçador de recompensas Boba Fett para ir à convenção acompanhado dos dois filhos, também devidamente caracterizados. Marcos Eduardo, de 11 anos, usava uma fantasia de Chewbacca e Maria Eduarda, de sete, era uma simpática ewok, um daqueles “ursinhos” do filme O Retorno de Jedi.

“Eu conheci Star Wars na trilogia clássica e eles conheceram na trilogia nova, já com toda a parte do cinema digital. E a gente compartilha esse gosto de viver essa magia, essa fantasia. A gente incorpora realmente os personagens e eles escolhem os personagens que querem fazer; o cosplay, a fantasia que eles querem vestir”, conta Marins.

O evento gratuito atraiu a atenção de milhares de pessoas, tanto adultos como crianças, que também podiam se envolver no universo em oficinas lúdicas que as ensinavam a ser um cavaleiro jedi, com direito a sabres de luz, treinamento com um mestre e ataque a um guerreiro sith, seguidor do lado negro da força.

Durante todo o dia, o Museu do Universo, local onde fica o planetário, abrigou informações não somente sobre o Sistema Solar, mas também sobre outras galáxias muito distantes. Presidente do conselho, Brian Moura diz que a escolha do lugar não foi mera coincidência. “As pessoas pediam”, lembra.

“Há uns oito anos, nós pensamos realmente em fazer (a convenção) no planetário. Naquela época não foi possível, mas nós fomos amadurecendo a ideia e contamos com o apoio da administração do planetário e de toda a equipe, que faz com que isso aconteça junto com a gente também”.

Para o presidente do Conselho Jedi, o evento tem o poder de conquistar pessoas de todas as idades porque elas têm a vivência daquela fantasia apresentada na tela em Star Wars, o que se torna “extremamente” atraente para crianças e, até mesmo, para os adultos.

“A pessoa quer pilotar uma Millenium Falcon, usar um sabre de luz, enfim, viver tudo o que aqueles personagens viveram na tela. É uma forma interessante de contar a história, como é feito Star Wars, e isso cativa as pessoas, com certeza”, garante Moura.


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Convenção Jedi reúne fãs do universo de Guerra nas Estrelas no Rio