A 14ª. Edição do CINEFANTASY – um dos principais Festivais da vanguarda do Cinema Fantástico, com direção de Eduardo Santana, Monica Trigo, e Filippo Pitanga, exibiu entre os dias 13 a 18 de Setembro 115 filmes, 14 longas-metragens, 92 curtas metragens nas mostras competitivas.
Confira a premiação de cada Mostra:
Mostra LONGAS METRAGENS:
Melhor filme: Huesera, de Michelle Garza Cervera
Melhor direção: Michelle Garza Cervera (Huesera)
Melhor roteiro: Queena Li (Bipolar)
Melhor atriz: Natalia Solián (Huesera)
Melhor ator: Fabrício Boliveira (Munguzá)
Menção Honrosa: Mundo Proibido, de Alê Camargo & Camila Carrossine
Juri Popular – LONGA : Mundo Proibido, de Alê Camargo & Camila Carrossine
Juri Popular – CURTA: Selo, de Alessandro Correa
Justificativa de Melhor filme: Longa de estreia da mexicana Michelle Garza Cervera, Huesera impressiona pela maneira como somos assombrados pelo fantástico, numa trama envolvente e bem filmada sobre os medos da maternidade, sem deixar de lado questões que seguem atuais como o mansplaining e o gaslighting.
Justificativa da Menção Honrosa: Mundo Proibido de Alê Camargo e Camila Carrossine cumpre o desafio de fazer uma aventura espacial inteiramente feita em 3D e produzida de forma independente. Esta menção propõe dar visibilidade ao cinema de animação LATINO-AMERICANO e também incentivar o apoio institucional estatal e privado, para estimular a criação de novas produções do cinema de animação brasileiro.
Indicação ao GRANDE PRÊMIO FANTLATAM 2023
LONGA-METRAGEM: O Olho e o Muro de Javier Del Cid
CURTA-METRAGEM: Blackout de Rodrigo Grota
Mostras: CURTAS-METRAGENS
Mostra HORROR:
Melhor filme: Cruzeiro, de Sam Rudykoff
Menção Honrosa: Amara, de Danielle Amaral & Fernando Pompeu Neto
Justificativa de Melhor filme: Pelo bom engajamento com o público, excelente direção de atores e ótimo valor de produção. A discussão do mundo do trabalho foi aliada ao gênero Horror, trazendo desorientação e suspense com uma importante crítica social.
Justificativa da Menção Honrosa: Pela sofisticação do desenho de produção e ousadia da linguagem cinematográfica.
Mostra FANTÁSTICO BLACK POWER
Melhor Filme: Mil Vinny ‘s – Suíte Cachoeirana, de Luan Santos
Justificativa de Melhor filme: Pela inventividade na linguagem, por trazer a cidade como elemento central na narrativa, por utilizar a trilha sonora como fio condutor fugindo da reiteração de signos, e por escolher uma montagem inteligente que brinca com a linguagem cinematográfica
Mostra FICÇÃO CINENTÍFICA:
Melhor filme: O Pulverizador, de Farnoosh Abedi
Menção Honrosa: Alcançar o Vórtice, de Pedro Poveda e Emmanuel Vizcaíno
Justificativa de Melhor filme: Consideramos o apuro estético das técnicas de animação aliado à atualidade e emergência de sua denúncia política, bem como uma sensibilidade fina em sua composição visual poética que transmite diversas camadas de significados narrativos sem ser demagógico ou superficial.
Justificativa da Menção Honrosa: Gostaríamos de registrar menção honrosa pelo despojamento, utilização adequada e criativa da linguagem do curta-metragem, e perspicácia no uso do humor sarcástico como crítica social.
Mostra MULHERES FANTÁSTICAS:
Melhor filme: Futuros Amantes, de Jessika Goulart
Menção Honrosa: Triskelion, de Jessica Raes
Justificativa de Melhor filme: Já nosso prêmio principal vai para um filme que une diversas dimensões do fantástico para falar, acima de tudo, de afeto. Com produção enxuta, roteiro e direção bem construídos, o filme nos apresenta uma ficção científica em um Brasil futurista e distópico, mas em que ainda há espaço para, o que de fato vai nos salvar, o amor. Por tudo isso, nosso o Melhor Filme da Mostra Mulheres Fantásticas vai para FUTUROS AMANTES, de Jessica Goulart.
Justificativa da Menção Honrosa: A curadoria nos revelou um olhar plural e instigante sobre o universo fantástico construído por mulheres de diversos países.
Muito por isso, trazemos dois prêmios. Uma menção honrosa e o prêmio principal. Nossa menção honrosa vai para um filme que nos conta uma história com encantamento e poesia, com domínio da técnica de animação para narrar, de forma original, a origem de um símbolo já tão propagado mas, na verdade, pouco compreendido. Por isso, nossa menção honrosa vai para TRISKELION, de Jessica Raes.
Mostra FANTASIA:
Melhor filme: Lã Quente, de Tony Olsen
Menção Honrosa: Valentina Versus, E. M. Z. Camargo & Anne Lise Ale
Justificativa de Melhor filme: O premiado da Mostra de Curtas de Fantasia volta à uma das fontes primordiais do fantástico, o universo das fábulas. A montagem do filme traz a precisão da contação de histórias aprimoradas ao longo de gerações dessa tradição para a forma cinematográfica. Personagens arquetípicos e uma estética de época tornam atemporal uma narrativa nova e original.
Justificativa da Menção Honrosa: O Juri destaca com uma menção honrosa para o filme Valentina Versus por trazer às telas a discussão do machismo e comportamento tóxico do universo dos games utilizando os recursos narrativos e estéticos desse mesmo universo. Temas tão caros a sociedade contemporânea são tratados em linguagem jovem atráves de uma narrativa que submerge junto com seus protagonistas no universo fantástico dos [do games e jogos de RPG.
Mostra AMADOR-ESTUDANTE:
Melhor filme: A Botija, O Beato e a Besta Fera, de Tulio Beat
Menção Honrosa: O Prazer de Matar Insetos, de Leonardo Martinelli
Justificativa de Melhor filme: Escolhemos o filme, a Botija, o beato e a besta fera pela direção bem conduzida do elenco dentro da proposta, além dos destaques para a primorosa direção de arte e os belos planos e enquadramentos da direção de fotografia. Merece destaque o trabalho de áudio e, particularmente da trilha sonora, que emprega elementos da identidade nordestina como o timbre da Rabeca e a escala mixolídia.
Justificativa da Menção Honrosa: Chamou atenção principalmente pela forma que a narrativa foi construída, pela escolha dos elementos de arte e a bela atuação do elenco.
Mostra ANIMAÇÃO:
Melhor filme: Lágrimas do Sena, de Alice Letailleur, Philippine Singer, Lisa Vicente, Hadrien Pinot, Etienne Moulin, Nicolas Mayeur, Eliott Bernard & Yanis Belaid
Menção Honrosa: Mesa, de João Fazenda
Justificativa de Melhor filme: O filme tem impacto narrativo e técnico inquestionável, nos faz refletir sobre a banalidade da violência pelo ponto de vista da personagem e leva à tona o massacre, que até há pouco tempo, havia sido esquecido pelo povo francês.
Justificativa da Menção Honrosa: O curta “ A mesa “ é um exemplo de carisma, construção, design e criatividade. Do início até o fim ele representa bem o fluxo social/vida. Foi um dos filmes mais divertidos de assistir , Por isso merece o prêmio de menção honrosa do festival.
Mostra BRASIL FANTÁSTICO:
Melhor Filme: O Peixe, de Natasha Jascalevich
Justificativa de Melhor filme: Pela capacidade de criar o fantástico a partir de elementos cotidianos e investigando o prazer feminino, o escolhido pelo Juri é O PEIXE.
Mostra ESPANHA FANTÁSTICA:
Melhor filme: La Luz, de Iago Soto
Justificativa de Melhor filme: Como o curta mais original da categoria de curtas Espanha Fantástica do festival Cinefantasy, o vencedor deve ser La Luz de Lago Soto; uma história sombria que cativa o espectador; colocando como protagonistas: a luz e a escuridão, e conseguindo com isso uma fotografia precisa que se complementa com uma arte da época, rústica, rural, sinistra.
Mostra FANTASTEEN-PEQUENOS FANTÁSTICOS:
Melhor filme: O Peixe Vermelho, de Bassem Ben Brahim
Justificativa de Melhor filme: Pela linguagem poética e acessível, e o uso de diferentes técnicas de animação que constroem uma narrativa original.
Mostra FANTÁSTICA DIVERSIDADE:
Melhor Filme: Eu, Sereia, de Augusto Almoguera
Menção Honrosa: Ausência, de Alexia Araujo
Justificativa de Melhor filme: O vencedor da mostra competitiva de curtas Fantástica diversidade é o filme “Eu Sereia”, com direção de Augusto Almoguera, que com sutileza e profundidade, escancara a estrutura transfóbica dos afetos nessa obra. Destacamos o excelente trabalho de fotografia e direção de arte, bem como a maravilhosa trilha sonora.
Justificativa da Menção Honrosa: O júri destaca também a obra “Ausência” de Alexia Araújo que recebe a Menção honrosa por um trabalho interessante em uma animação comovente que dialoga bem com a proposta da mostra.
Prêmio CTAV
O Peixe, de Natasha Jascalevich
Prêmio AIC DE CINEMA
Estática, de Gabriela Queiroz
Prêmio DOT CINE
Don Javier, de Cadu Rosenfeld