Charlie Sheen


Créditos: Reprodução/Twitter

Polêmico, surtado, irreverente, bom-vivant, maluco, imbecil…cada um tem uma opinião sobre ele, mas ultimamente tem sido difícil ignorar Charlie Sheen. O ator, que completa 46 anos neste sábado (3), protagonizou em 2011 uma briga que culminou com sua saída da série Two and a Half Men e arranhões em sua imagem que podem prejudicar sua carreira para sempre.

Mas será mesmo? Embora essa seja a maior confusão em que ele se meteu até agora, ela está longe de ser a primeira. Desde os anos 90 o nome de Sheen (que na verdade nasceu Carlos Irwin Estevez) já esteve ligado a diversos escândalos envolvendo agressões, atrizes pornô, drogas e muito álcool. 

Apaixonado desde cedo pela carreira do pai, o também ator Martin Sheen, ele estreou em uma pequena ponta justamente em um filme dele, aos nove anos. Mas foi também por causa do pai que Charlie levou dez anos para voltar a um set: ainda pequeno, ele acompanhava Martin nas gravações de Apocalypse Now e presenciou o ataque cardíaco que quase matou o ator. Assustado, diz que passou muito tempo refletindo sobre os limites da realidade e da atuação.

Mas em 1984 ele voltou e logo engatou uma sequência de trabalhos. Dois anos depois, a fama chegou com Platoon, dirigido por Oliver Stone. Assim como seu pai, ele se consagrou em um filme sobre a guerra do Vietnã e também quase morreu durante as filmagens: chegou a ficar pendurado de um helicóptero, sendo salvo pelo ator Keith David, que conseguiu segurar seu braço e puxá-lo de volta. 

No ano seguinte o diretor o chamou novamente para Wall Street: Poder e Cobiça e parecia que uma sólida parceria poderia se firmar. Mas, em 1989, Stone trocou Sheen por Tom Cruise em Nascido em Quatro de Julho – o que ele só ficou sabendo ao ser avisado pelo irmão, o também ator Emilio Estevez – e os dois nunca mais trabalharam juntos, até que no ano passado eles aparentemente selaram a paz com uma rápida aparição de Sheen em Wall Street 2

Só que mais ou menos na metade da década de 90 Charlie Sheen começou a chamar mais atenção pelos escândalos do que pelos filmes. Acusado de agredir ex-namoradas, detido por posse de drogas e apontado pela cafetina de luxo Heidi Fleiss como um de seus principais clientes, ele chegou ao limite em 1998, quando quase morreu em uma overdose. Mas nem o susto deu resultado: ele ficou apenas um dia no rehab, para onde só voltou após determinação judicial. 

E então funcionou. Em 2000, limpo e sóbrio, foi convidado a substituir Michael J. Fox, que estava deixando o seriado Spin City, da CBS. Seu sucesso em duas temporadas foi suficiente para que a emissora criasse uma nova série especialmente para ele, Two and a Half Men, que estreou em 2003. 

Além de diversas declarações sobre os benefícios da sobriedade em sua vida, a recuperação parecia tão completa que Sheen chegou, em 2001, a levar o amigo Ben Affleck a uma clínica para tratamento contra o alcoolismo.

Só que um dia Charlie Sheen voltou a ser o velho Charlie Sheen. Além dos barracos protagonizados ao lado da terceira esposa, Brooke Mueller (que também tem um longo histórico de problemas com álcool e drogas), este ano veio a briga pública com Chuck Lorre, um dos criadores e produtores de Two and a Half Men. Depois de ofensas pesadas (e nonsense), ele finalmente foi expulso da série e substituído por Ashton Kutcher


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