A campanha de alguns cineastas americanos para “salvar” a película cinematográfica ganha mais um capítulo. Desta vez, com declarações que podem resultar em polêmicas.
O cineasta inglês Mike Leigh (de Segredos e Mentiras e Topsy Turvy) criticou a postura do americano Quentin Tarantino, que é um dos principais defensores da volta da película.
“É uma postura ridícula, é um retrocesso e é irresponsável”, disse Leigh ao jornal The Star. “Existem jovens cineastas fazendo coisas fantásticas, e isso é possível com a democratização das mídias, das novas tecnologias. Então a luta de Tarantino é um absurdo”.
Tarantino já vem declarando há tempos sua oposição às mídias digitais, e chegou a declarar que o avanço dessas tecnologias é uma das razões que o fazem pensar em se aposentar.
Em 2014, Tarantino liderou um grupo de cineastas que fizeram um pedido de rolos de película cinematográfica para a Kodak. Esses diretores (Martin Scorsese estava incluído) pretendem rodar filmes com película, e assim evitar que a Kodak interrompa a fabricação desse material para sempre.