O Dia dos Namorados está chegando e para os casais que não curtem as filas enormes dos restaurantes no dia mais romântico do ano, a pedida perfeita é um bom filme e um cobertor quentinho com o seu amor. Pensando nisso, a cineasta Fernanda Schein, que vem se destacando na cena internacional, parte do time de edição de grandes projetos da Netflix e super premiada também no cinema independente, listou 5 filmes para ninguém perder horas no menu inicial dos streamings.
> Siga o Virgula no Instagram! Clique e fique por dentro do melhor do Entretê!
Hora de convidar o crush e preparar a pipoca! Confira:
1. “Breve Encontro” – David Lean (1945)
“Para quem gosta de cinema clássico, esse é um dos meus romances preferidos. Dirigido por David Lean, Laura e Alec, dois estranhos, se conhecem acidentalmente em uma estação de trem e logo se sentem atraídos um pelo outro. Apesar de ambos serem casados, eles se encontram regularmente, vivendo um romance secreto e intenso. Contudo, o peso da moralidade e das responsabilidades familiares começa a pesar sobre eles, colocando em cheque seus sentimentos e desafiando a durabilidade de seu amor proibido.
Esse clássico do cinema inglês retrata com sensibilidade os dilemas emocionais e os sacrifícios necessários em nome da felicidade e do dever.”
2. Trilogia “Antes do Amanhecer” – Richard Linklater (1995, 2004, 2013)
“Essa trilogia é perfeita para maratonar na semana dos namorados, especialmente para aqueles casais românticos e realistas, que gostam de filosofar e conversar sobre o amor e suas consequências.
A trilogia “Antes do Amanhecer”, “Antes do Pôr do Sol” e “Antes da Meia-Noite” acompanha o encontro fortuito de Jesse e Celine em três momentos cruciais de suas vidas. No primeiro filme, eles se conhecem em Viena e passam uma noite inesquecível juntos, discutindo sobre a vida e o amor. Nove anos depois, em Paris, os dois se reencontram e refletem sobre suas escolhas, sonhos e decepções. Por fim, em “Antes da Meia-Noite”, Jesse e Celine estão em uma nova fase do relacionamento, enfrentando conflitos e questionando o futuro. Essa trilogia de Richard Linklater é um retrato poético e realista do amor, explorando as complexidades e transformações do sentimento ao longo do tempo.”
3. “Amor” – Michael Haneke (2012)
“Vale lembrar que o amor é atemporal, não é só dos jovens! O cinema às vezes ilustra demais os romances joviais, e falha em criar histórias para acompanhar os romances da velhice e todas suas lindas nuances.
Esse filme é lindo e muito realista: uma espiadinha de uma fase da vida que todos nós um dia vamos passar, mas nem sempre pensamos sobre isso. “Em ‘Amor’, dirigido por Michael Haneke, somos levados à vida de Anne e Georges, um casal de idosos que enfrenta os desafios da velhice juntos.
Quando Anne sofre um derrame que a deixa com um lado do corpo paralisado, Georges assume o papel de cuidador dedicado, enfrentando as dificuldades físicas e emocionais que surgem. O filme retrata com sensibilidade a luta do casal contra a deterioração da saúde, a solidão e o amor inabalável que os mantém unidos. Haneke explora de forma intensa e tocante os temas da morte, do envelhecimento e da compaixão, oferecendo uma visão profunda da complexidade das relações humanas.”
4. Malcom & Marie – Sam Levinson (2021)
“Esse é um daqueles filmes bem polarizados, teve quem amou e quem odiou. Eu achei o filme maravilhoso enquanto produção/história mas foi um pouco difícil pra eu assistir. Sou uma pessoa que não gosta muito de conflito, e assistir uma discussão de duas horas me fez me sentir dentro daquela briga – o que só mostra o quão envolvente o filme é. Esse é para os casais fortes, buscando explorar conflitos.
Em ‘Malcolm & Marie’, acompanhamos a tumultuosa noite de um casal, Malcolm, um cineasta em ascensão, e Marie, sua namorada e atriz. Após a estreia de um filme de Malcolm, os dois retornam para casa e mergulham em uma intensa e complexa discussão sobre seu relacionamento, questões de amor, arte e autenticidade.
O filme, dirigido por Sam Levinson, é um retrato cru e visceral do amor e da vulnerabilidade, explorando as dinâmicas de poder, ressentimentos e conflitos emocionais entre o casal. Por meio de diálogos afiados e atuações poderosas de Zendaya e John David Washington, somos imersos em uma montanha-russa de emoções e reflexões sobre relacionamentos e a natureza da criação artística.”
5. Me Chame Pelo Seu Nome – Luca Guadagnino (2017)
“Tem algo mais romântico que um verão na Itália? Sou completamente apaixonada por tudo nesse filme! As locações, a fotografia, a atuação, a montagem… É intenso, é sexy, é romântico e é uma história linda demais.
Em ‘Me Chame Pelo Seu Nome’, baseado no romance de André Aciman e dirigido por Luca Guadagnino, somos transportados para o verão de 1983, na Itália. Elio, um jovem de 17 anos, passa suas férias em uma vila italiana com sua família. Lá, ele conhece Oliver, um estudante americano que está trabalhando como assistente de pesquisa de seu pai. À medida que os dias ensolarados se desenrolam, Elio e Oliver desenvolvem uma profunda conexão, descobrindo juntos o despertar do desejo e do amor.
O filme retrata com delicadeza e sensibilidade a descoberta da sexualidade, a paixão avassaladora e os desafios emocionais de um romance proibido, capturando a efervescência do primeiro amor e as complexidades da identidade.”
Ver essa foto no Instagram