Atroz ganha exibições gratuitas e rodas de conversa em casas de cultura e salas de cinema de São Paulo. A série de ficção brasileira retrata as crueldades vividas por artistas pretos e LGBTQIA+ na indústria cinematográfica.
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“As pessoas precisam assistir Atroz, pra ver que jovens negres podem estar numa narrativa audiovisual, falando de um outro assunto que não seja necessariamente drogas, violência policial e morte. Uma narrativa que reflete arte e capitalismo não só pode como deve ser representada por corpos negros, que são as pessoas que fazem essa roda girar!”.
Quatro jovens amigas, Táta, Dodô, Vivi e Zezé, vivem o típico cotidiano de artistas que buscam sobreviver trabalhando no cinema. Através do metacinema, a série reflete o próprio mercado audiovisual, colocando em foco as agressões que profissionais da área sofrem. No elenco estão Abraão Kimberley, Ícaro Pio, Lara Júlia e Lilith Cristina. O roteiro é assinado por Ícaro e conta com a direção de Lux Machado e produção executiva de Larissa Cavalcante, uma realização da produtora Madrugada Filmes. A série foi gravada durante os meses de março, abril e maio de 2022, nas zonas norte e oeste da cidade de São Paulo (SP), com equipe e elenco majoritariamente negro e LGBTQIA+.
Nos dias 26, 27, 28 e 29/01, Atroz será exibida gratuitamente no Casarão da Vila Guilherme, na Casa de Cultura do Butantã, na Casa de Cultura da Brasilândia e na Casa de Cultura Hip Hop Leste, respectivamente. Outras datas ainda serão divulgadas nas redes sociais da produtora. A exibição é de 1h30 e será seguida por uma roda de conversa com Ícaro Pio, Lara Julia, Lux Machado, Larissa Cavalcante e Abraão Kimberley. Madrugada Filmes também promoverá o Papo Afrocine: do dia 30/01 a 02/02, 4 palestras online com profissionais negres do audiovisual sobre roteiro, direção, direção de fotografia e produção. Todos os eventos contam com recursos de acessibilidade, como intérprete de libras, legenda descritiva e audiodescrição.
“Só voltamos a ter Ministério da Cultura esse ano. Essa série é um retrato da exploração e jornada exaustiva que muitos artistas, profissionais da cultura e do audiovisual tem em seu cotidiano num país que ama arte, mas que não a financia na mesma proporção. Nós estamos contando história das pessoas que trabalham contando histórias. Patrocínio, glamour e status são exceção dentro de uma indústria em que a regra é a sub remuneração e o abuso de poder”, comenta Ícaro Pio, ator e roteirista da série