Ao contrário do que muita gente pensa, filmar uma cena de sexo não é das coisas mais prazerosas do mundo. Muitas vezes essas cenas são marcadas por abusos sérios e há um caso que ganhou fama por ser considerado um “estupro” pela atriz  Maria Shneider, em O Último Tango em Paris, que muitas vezes entra em listas de cenas de sexo mais “quentes” do cinema erroneamente.

Para mostrar que nem tudo é o que parece, o Virgula separou cinco histórias dos bastidores que mostram que as cenas de sexo não são sempre simples ou confortáveis de se fazer:

Azul é a Cor Mais Quente

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As atrizes Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos protagonizaram uma cena de sexo que dura nada menos do que sete minutos em Azul é a Cor Mais Quente. As atrizes acusam o diretor Abdellatif Kechiche de obrigá-las a repetir as cenas de sexo por semanas. Elas usavam uma prótese de silicone para proteger os órgãos sexuais, o que não tornava o ato explícito. O que não adiantava grande coisa, segundo as atrizes.

Para completar, a sequência começou a ser feita no primeiro dia de filmagens, já que o diretor conseguiria que o desconforto das atrizes fosse passado para as personagens. Adèle chegou dizer que se sentiu explorada e Léa afirmou que se sentiu como uma prostituta no set. Elas tiveram que fingir orgasmos durante seis horas seguidas.

Pink Flamingos

Reprodução Pink flamingos

O filme Pink Flamingos é conhecido por suas cenas bastante chocantes, que variam entre uma mãe fazendo sexo oral em seu filho, uma mulher vomitando em cima de um cara que se masturba e o travesti Divine comendo cocô de um cachorro. Porém, em uma das cenas de sexo mais tensas, Cookie Mueller e Danny Mills têm relações sexuais com uma galinha viva, pressionada entre eles.

O diretor John Waters conta que usou galinhas reais para fazer a cena e elas realmente morreram. Waters disse que os ativistas pró-animais não o perdoam pela cena e por isso o filme foi banido em vários países, como Austrália e Canadá. Segundo ele, a verdade é que ele “salvou a galinha de um abatedouro”. Depois da cena ser filmada, a equipe do filme comeu o animal.

Ninfomaníaca

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Charlotte Gainsbourg é a protagonista do filme Ninfomaníaca e falou de um modo geral dos bastidores de todas as (várias) cenas de sexo reais do filme de Lars Von Trier. “Fiquei muito, muito nervosa a princípio. Precisa deixar bem claro que eu estava atuando e não fazendo sexo. Contanto que isso ficasse claro, tudo estava bem”, disse.

“As cenas de sexo não foram difíceis, mas as de masoquismo foram constrangedoras e humilhantes. Usei uma prótese vaginal, então, todo dia, durante duas horas, tinha que lidar com alguém trabalhando ‘lá embaixo’. Também tinha que ficar horas sem fazer xixi. Essa foi a parte difícil”, disse a atriz ao site do jornal britânico The Guardian.

Último Tango em Paris

A famosa cena de sexo com manteiga entre Marlon Brando e Maria Shneider no filme “Último Tango em Paris” foi real. A atriz contou que a cena não estava prevista no roteiro e ela não foi consultada. As lágrimas durante o violento ato sexual no filme são reais.

Maria afirma que foi estuprada por Marlon. O diretor Bernardo Bertolucci foi quem aprovou a ideia da cena.

O Destino Bate à Sua Porta

A cena de sexo entre os personagens de Jack Nicholson e Jessica Lange em O Destino Bate à Sua Porta é uma das mais famosas do cinema. Nos bastidores, há boatos que os atores se empolgaram e acabaram transformando o que era cena em realidade. Jack Nicholson sempre faz questão de dizer que nada na cena foi fingido. Então, tá bom, né?

Love

O filme tem cenas de sexo explícito e reportagens afirmam que elas não foram ensaiadas.  O ator Karl Glusman falou sobre o assunto. “Estava muito desconfortável no início. Cada câmera era controlada por três técnicos, e diversas cenas de nudez foram gravadas com duas ao mesmo tempo. Ou seja, eram no mínimo seis pessoas focando em suas partes íntimas. Com o tempo, a situação tornou-se ‘normal'”, disse.

Gaspar Noé disse que não dirigiu os atores fazendo sexo. O cineasta contou que os colocou em suas posições e que “uma vez que você coloca as pessoas nas posições corretas, elas sabem como fazê-lo”.  Além disso, os atores não tinham problemas em filmar cenas de sexo para o filme e não havia limites.

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Bônus:

Stretch

Quer saber como é filmar uma cena de sexo? Um vídeo dos bastidores do longa Stretch, de Joe Carnahan, mostrou como é bizarro e nada erótico gravar uma cena de sexo para o cinema. Nas imagens, antes de fingirem um orgasmo, os atores Brooklyn Decker e Patrick Wilson não conseguiram se controlar e deram risos nervosos. Não houve intervalo entre as filmagens e, em meio a filmagem, o casal teve que parar a coreografia que estava fazendo para borrifarem suar falso. A cena foi rodada 32 vezes e quando chegou na última sequência, o diretor resolveu pedir para que eles “fizessem outra como essa”.

Os filmes mais fetichistas de todos os tempos

A História de O é um conhecido livro francês publicado em 1954, que virou filme em 1975, gerando uma continuação em 1984
Créditos: Reprodução

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