O Festival de Cannes abre na próxima quarta-feira (11) sua 64ª edição com mais estrelas no tapete vermelho que no ano passado, em uma competição que promete, graças aos produtores consagrados, mimos ao cinema americano e certos olhares ao cinema comprometido e político.

A lista dos 20 filmes que competirão pela Palma de Ouro inclui nomes como dos diretores Pedro Almodóvar, Lars von Trier, Nanni Moretti, Paolo Sorrentino, Aki Kaurismäki, Terrence Malick e os Irmãos Dardenne, sobre quem recai o papel de manterem a alta qualidade do que é considerado melhor festival de cinema do mundo.

Pelo tapete vermelho passarão estrelas como Brad Pitt e Angelina Jolie, Sean Penn, Penélope Cruz e Johnny Depp, Catherine Deneuve, Mel Gibson, Robert de Niro, Faye Dunaway, Antonio Banderas, Jodie Foster e Kirsten Dunst.

De 11 a 22 de maio, Cannes tem talvez este ano o desafio não só de despertar a curiosidade pelos famosos e suas supostas excentricidades, mas de confirmar que é um festival para assistir filmes que marcam tendência e também são lucrativos.

Mas o evento mima novamente os americanos inaugurando em 11 de maio com o filme de Woody Allen, Meia-noite em Paris. Isso sem esquecer que pelo tapete vermelho desfilarão algumas das estrelas mais importantes do cinema americano, além da homenagem na festa de AmFar, a organização de luta contra a aids, a Elisabeth Taylor, falecida em março passado.

Para a competição nas apostas de favoritos figuram Almodóvar, com A Pele que Habito (com Banderas no elenco), Malick com A Árvore da Vida (com Pitt e Penn), Von Trier com Melancolia (com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg e John Hurt) e Moretti com Habemus papam (que tem Michel Piccoli no papel de papa).

Mas Cannes também exibirá filmes para cinéfilos, fora do circuito comercial: as obras-primas de Julia Leigh, Sleeping Beauty, e de Markus Schleinzer, Michael.

Na seção Um Certo Olhar serão exibidos o último trabalho de Gus van Sant (Restless) e as poucas presenças latino-americanas: Bonsái, do chileno Cristián Jiménez; Miss Bala, do mexicano Gerardo Naranjo, produzida por Gael García Bernal e Diego Luna, e Trabalhar Cansa, dos brasileiros Juliana Rojas e Marco Dutra.

Cannes anunciou neste fim de semana a exibição de duas obras produzidas de maneira praticamente “clandestina” por dois diretores iranianos, com os quais o festival é solidário pelas duras circunstâncias pessoais e de trabalho em seu país: Be Omid-e Didar (Goodbye), de Mohammad Rasoulov, dentro da seção Um Certo Olhar, e In Film Nist (Isto Não é Um Filme, em livre tradução), de Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb.



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Cannes chega a 64ª edição com mais estrelas e próxima de Hollywood

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