Chegou o dia! Bohemian Rhapsody, filme que retrata a vida do cantor Freddie Mercury e da banda inglesa Queen estreia nesta quinta, 1 de novembro, nos cinemas. O Virgula assistiu ao longa em uma cabine de imprensa e garante: é emocionante, divertido, dinâmico e entretém o espectador do início ao fim. Mas, tem um erro grotesco que pode irritar os fãs, principalmente os brasileiros.
Sabe-se que o Brasil foi importante para o Queen, que se apresentou no país em 1981, no Morumbi, em São Paulo, e depois em 1985 na histórica primeira edição do Rock in Rio. Aliás, fomos nós, os brasileiros, que criamos o hábito de cantar a música Love of My Life em uníssono. E essa menção é mostrada no filme.
Vamos ao erro: em 1981, quando o grupo veio ao Brasil pela 1ª vez, Freddie Mercury já ostentava o seu icônico visual de cabelo curto e bigode. Porém, ao retratar o momento no filme, o ator Rami Malek, que interpreta o cantor, aparece de cabelos compridos e sem bigode, aparência antiga do astro. Outro deslize: a cena é sobre o show de São Paulo, mas são mostradas imagens do Rock in Rio, em 1985. Comidas de bola fortíssimas do diretor Bryan Synger.
Os atores
Um dos grandes acertos são os atores, que ficaram iguaizinhos aos personagens. No caso do britânico Gwilym Lee, a semelhança com o guitarrista Brian May é assustadora, parece que você está vendo ao próprio membro da banda quando era mais novo. É de cair o queixo. O jovem Ben Hardy, que faz o baterista Roger Taylor e Joseph Mazello, que vive o baixista John Deacon, também encarnaram os personagens direitinho.
Rami Malek é um caso à parte. Não deve ser nada fácil interpretar uma das maiores lendas da música: Freddie Mercury. E não é que o ator norte-americano se saiu muito bem na missão? Na cena final em que a apresentação no festival Live Aid, no estádio de Wembley é recriada, ele dá um showzaço, assim como Mercury fazia.
Porém, o Freddie vivido por Rami passa a maior parte do filme de cabelos compridos e sem o famoso bigode, marcas inconfundíveis do cantor. E, isso pode causar uma certa estranheza em quem assiste.
No resumo, Bohemian Rhapsody mostra a saga do Queen da forma mais didática e prazerosa possível. Excessos de sexo e drogas foram limados na edição, o que nos remete aos filmes nacionais sobre Cazuza e Tim Maia, que também tiveram esses temas ‘polêmicos’ amenizados. É um bom filme de Sessão da Tarde, para assistir com a família e entender um pouco mais da história do rock. Vai emocionar fãs antigos e conquistar novos.
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