Regras para criar uma história da Pixar ilustradas em Lego
Há alguns meses, Emma Coats, uma artista da Pixar, divulgou através do Twitter 22 regras para a criação dos filmes do estúdio. E, agora, Alex Eylar, mais conhecido como ICanLegoThat, ilustrou 12 delas usando bonequinhos Lego.
Entre os itens, estão conselhos como ter em mente que o interesse do público é mais importante do que o a diversão do roteirista, evitar o óbvio e simplificar e focar, por exemplo.
Veja abaixo as 22 dicas de Coats e, na galeria acima, as ilustrações de Eylar, publicadas pelo site Slacktory.
#1 Você admira um personagem mais por tentar do que por seu sucesso.
#2 Você precisa ter em mente o que é interessante para você como público, não o que é divertido como roteirista. Podem ser coisas bem diferentes.
#3 Experimentar o tema é importante, mas você não vai ver sobre o que a história realmente é até que você chegue ao final dela. Agora reescreva.
#4 Era uma vez ____. Todos os dias ____. Um dia ______. Por causa disso, ______. Por causa daquilo, _______. Até que finalmente _______.
#5 Simplifique. Foque. Misture os personagens. Evit desvios. Você vai sentir como se estivesse perdendo material valioso, mas isso te deixa livre.
#6 Em que seu personagem é bom, com o que ele se sente confortável? Jogo o oposto para cima deles. Desafie-os. Como eles enfrentam?
#7 Crie seu final antes de elaborar o meio. Sério. Finais são mais difíceis, faça seu trabalho de trás para frente.
#8 Termine sua história, deixe seguir mesmo se ela não estiver perfeita. Em um mundo ideal você teria ambos, mas siga em frente. Faça melhor da próxima vez.
#9 Quando estiver travado, faça uma lista do que NÃO aconteceria a seguir. Muitas vezes o material para te destravar vai surgir.
#10 Separe as histórias que você gosta. O que você gosta nelas é uma parte de você; você tem que reconhecer isso antes que possa usar.
#11 Colocar no papel deixa você começar a fixar. Se ela ficar em sua cabeça, uma ideia perfeita, você nunca vai compartilhar com ninguém.
#12 Descarte a primeira coisa que vier à sua mente. E a segunda, terceira, quarta, quinta – descarte o óbvio. Surpreenda-se.
#13 Dê opinião aos seus personagens. Passividade/maleabilidade podem parecer adoráveis para você enquanto escreve, mas é veneno para o público.
#14 Por que você precisa contar ESTA história? Qual a crença dentro de você de que essa história se sustenta? Esse é o centro dela.
#15 Se você fosse seu personagem, nessa situação, como se sentiria? Honestidade garante credibilidade a situações inacreditáveis.
#16 Quais são os desafios? Nos dê razões para apoiar o personagem. O que acontece se ele não for bem sucedido? Determine os obstáculos.
#17 Nenhum trabalho jamais é perdido. Se não estiver funcionando, deixe de lado e siga em frente – ele voltará a ser útil mais tarde.
#18 Você tem que conhecer a si mesmo: a diferença entre fazer seu melhor & exagerar. História é tentativa, não refinamento.
#19 Coincidências para colocar os personagens em apuros são ótimas; coincidências para tirá-los delas são trapaça.
#20 Pratique: desconstrua um filme que você não gosta. Como você o reconstruiria para que GOSTASSE dele?
#21 Você precisa se identificar com sua situação e seus personagens, não pode apenas escrever ‘legal’. O que faria VOCÊ agir daquela forma?
#22 Qual a essência da sua história? A forma mais resumida de contá-la? Se você sabe isso, pode começar a partir daí.