A Argentina lembrará a partir desta sexta-feira os 38 anos do golpe de Estado que deu início à ditadura militar em 1976 com o ciclo “A semana do cinema com memória”, que inclui diversos filmes sobre os direitos humanos e “a recuperação da memória, a verdade e a justiça”, informaram os organizadores.
Nas sessões, dirigidas pelo Ministério da Justiça argentino e o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA), serão exibidos 32 longas-metragens argentinos, a maioria centrados nos sete anos da última ditadura militar (1976-1983) e suas vítimas.
Nietos (Identidad y memorial), de Benjamín Ávila; Una flor para las tumbas sin nombre, de Daniel Hechim; e Kamtchatka, de Marcelo Piñeyro serão alguns filmes exibidos.
Além disso, o ciclo inclui outros filmes baseados na busca da verdade e a lembrança de outros crimes, como O Segredo dos seus olhos, de Juan José Campanella, centrada nos anos anteriores ao golpe de Estado; e Operação Massacre, de Jorge Cedrón, ambientado na ditadura militar que governou Argentina entre 1955 e 1958.
A semana de cinema estará em todas as salas do INCAA na Argentina, entre 22 e 26 de março.
O início da última ditadura militar também será lembrado em uma vigília no dia 24 de março, 38 anos depois de o tenente-general Jorge Videla anunciar em rede nacional a destituição do governo e a tomada de poder por parte do exército.