Marcão, o apresentador do Balanço Geral DF, da Record, que chamou a cantora Ludmilla de “macaca” ao vivo no programa, não acredita ter sido racista ao usar um dos termos mais comuns para se ofender uma pessoa negra. Segundo ele, foi apenas um desvio causado por um “vício de linguagem”.
“O momento em questão está fora de contexto. Como é público e notório, eu sou de uma cidade do interior do Tocantins, aonde cresci e desenvolvi diversos costumes, dentre os quais alguns vícios de linguagem”, disse ele ao colunista Leo Dias, do jornal O Dia. “A expressão citada pela reportagem é uma delas: em nenhum momento quis ofender a cantora por sua cor. O termo ‘macaco’ é utilizado no Centro-Oeste sem teor pejorativo”, acrescentou.
Marcão continua: “por exemplo: é bastante comum ver pessoas falando ‘fulano é macaco velho’, pois já tem certa vivência em determinada coisa. É a mesma situação presente no vídeo, com a simples mudança do adjetivo que acompanha o termo. A acusação de racismo não procede. Minha carreira é marcada por respeito a todos, independente de cor, raça, credo ou qualquer outra coisa”, finalizou.
O apresentador, que, curiosamente, é chamado de Marcão do Povo no programa, ofendeu Ludmilla durante o quadro Hora da Venenosa, onde comentou uma notícia que a cantora não estava querendo tirar foto com os fãs. “É uma coisa que não dá para entender. Era pobre, macaca… Pobre, mas pobre mesmo”, diz ele no vídeo.
só da pra sentir nojo, tem que processar mesmo#ProcessaLudmillapic.twitter.com/lt8nolDRj3
— mi (@jlwtcher) 18 de janeiro de 2017
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