A NYCC (New York Film Critics Circle) pediu desculpas formalmente a Steve McQueen, após o diretor ter sido insultado verbalmente durante a premiação pelo editor da revista CityArt, Armond White. As informações são do site do jornal The Guardian.
White chamou diretor de “porteiro constrangedor” e “lixeiro”, enquanto McQueen recebia o prêmio de melhor diretor. Ele não reagiu aos insultos.
O NYCC disse que tomaria ações disciplinares contra o editor, que é membro da organização.
“Em nome do Film Critics Circle de Nova Iorque, eu sinceramente peço desculpas pela rude impertinência encontrada pelo Sr. McQueen”, comunicou o presidente da organização, Joshua Rothkopf. “Fico com vergonha de saber que isso partiu de um de nossos membros. Tomaremos medidas disciplinares”.
White se defendeu, em entrevista ao The New York Times nesta terça-feira (7), negando que tenha feito insultos. “Eu não gritei nada. Estava conversando com meus amigos da mesa”, disse.
“Representando a escravidão como um show de horror, McQueen fez o filme americano mais desagradável desde ‘O Exorcista’, de William Friedkin, em 1973”, escreveu White, que também é negro, em sua resenha de outubro para o site do NYFCC.
“12 Anos de Escravidão pertence ao gênero de tortura pornográfica, junto com O Albergue, A Centopeia Humana e Jogos Mortais“, contiunou. “Mas está sendo vendido (por engano) como parte de uma recente avalanche de filmes que fingem trazer uma ‘discussão sobre raça’. A única discussão que esse filme inspira conteria uivos de desconforto”.
O filme 12 Anos de Escravidão, com estreia no Brasil marcada para 28 de fevereiro de 2014, é focado em Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro que é capturado e vendido como escravo.
Também com Michael K. Williams, Michael Fassbender e Brad Pitt no elenco, o filme recebeu sete indicações no Globo de Ouro e é um dos favoritos ao Oscar.