Foram pouco mais de 10 minutos de entrevista para um número menor ainda de perguntas. Assim foi a coletiva de imprensa de Justin Timberlake no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Na cidade para o show que faz no Rock in Rio neste domingo (15/09), o cantor, compositor e ator aproveitou para divulgar também o filme Aposta Máxima, que estreia no Brasil dia 4 de outubro.
Depois de uma sessão relâmpago de fotos na sacada do hotel e de acenar para algumas dezenas de fãs que estavam em frente ao local, Justin chegou para a entrevista.
“Qualquer ator gosta de fazer papéis diversos e tenho tido muita sorte em trabalhar com bons diretores. Honestamente, não sei explicar minhas escolhas de personagens, talvez seja melhor perguntar para os próprios diretores – a indústria do cinema é a terra deles!”, disse Timberlake. Um elogio, claro, para Brad Furman, que o dirigiu neste longa estrelado também por Ben Affleck e Gemma Arterton. Com roteiro de Brian Koppelman e David Levienm, o filme tem como um dos produtores Leonardo Di Caprio. “Nós não chegamos a conversar sobre o filme. Mas ter um nome como o de Leo como produtor chama a atenção”, conta.
Aposta Máxima gira em torno de jogos online. Timberlake é Richie, que estuda em Princeton e faz “corretagem” de apostas entre os alunos. Quando ele mesmo é trapaceado em um jogo, decide procurar Ivan Block, o criador do site, na Costa Rica, para denunciar o esquema fraudulento. Seduzido por uma oferta de trabalhar com Block, ele acaba envolvido pelo poder. “Todos os personagens são inteligentes, tanto que fica na mão do espectador decidir quem é bom ou mau, quem é justo ou não. Amei o papel, afinal, é divertido ser o cara que não perde no final!”, brincou. Sobre a parceria com Ben Affleck e a possibilidade de trabalhar dirigido por ele, Justin se derreteu: “Se ele quiser escrever, ou só me chamar pra comer um bife, estarei lá!”. E ressaltou que, quanto mais os atores são amigos e têm proximidade, maior é a química nas telas.
Destacando o dilema moral como característica principal no personagem, Justin também apontou um aspecto que o atraiu na hora que leu o roteiro: “Bom, percebi que não precisaria de muito esforço físico… Tinha só uma semana de cenas mais pesadas, apanhando, de resto, era mostrar esperteza”.
Para interpretar Richie, o ator diz que estudou bastante sobre o mundo das apostas e como as pessoas podem ficar viciadas. “Geralmente, a pessoa só vê o potencial daquela situação, não pensa nas consequências. No caso de Richie, às vezes até parece que ele está tentando fazer a coisa certa, mas não interessa o que faça, na verdade, está sempre apostando”.
Questionado se costuma jogar, Justin disfarçou dizendo que não se considera um grande apostador. “Em Las Vegas, cercado de amigos, é uma loucura como tempo passa rápido!”. E compara com a carreira: “Cada filme, cada CD, é uma aposta. Principalmente quando você vai ficando mais velho. Hoje, não me preocupo tanto com o sucesso ou o fracasso, mas ainda não estou pensando em nada terminal!”, avisa.
Parece que a aposta errada de Justin foi mesmo ao responder sobre qual local queria visitar em sua passagem na cidade. “Nunca estive em São Paulo, então gostaria de saber como é por aqui”. Diante do alvoroço e de algumas vaias (de brincadeira), ele percebeu o ato falho e brincou: “Hum, entendi… Rio X São Paulo é igual Nova York x Los Angeles”, brincou, sem perder a esportiva.
Sobre a velha questão de como é se dividir entre os trabalhos como músico e ator, Justin diz: “Não penso ‘Ah, agora vou parar para fazer isso e depois faço aquilo’. Sempre estou emendando projetos então, procuro e gosto de fazer os dois de forma confortável.Vou ficar em turnê durante um ano, não vou ter como fazer um filme. Só se for algum papel pequeno, alguma participação especial. Demorei sete anos para fazer um novo disco e foi difícil esperar”.
Sobre o show no Rock in Rio neste domingo, quando encerra a noite, Justin disse: “Bom, o show vai ser… ok”. E só acrescentou: “Se alguém na platéia não achar divertido, não será por minha culpa. Porque eu estarei me divertindo no palco”. E, definitivamente, não haverá música do seu ex-grupo ‘N Sync no repertório.
