Um documentário intitulado “Maracanã”, que conta a história do chamado “Maracanazo”, quando a seleção do Uruguai, contra todas as previsões, venceu o anfitrião Brasil na final da Copa do Mundo de 1950, no mítico estádio, estreia em março no país vizinho, a três meses do início do Mundial deste ano.
No dia 16 de julho de 1950, em um Maracanã com 200.000 torcedores, aconteceu “uma extraordinária façanha esportiva e humana”, destacaram os diretores do filme, os uruguaios Sebastián Bednarik e Andrés Varela, na apresentação oficial do documentário.
“Onze homens venceram todas as previsões na final da Copa do Mundo de futebol ao derrotar a excepcional equipe brasileira. Este fato marcou a vida social e política dos dois países até nossos dias”, disseram.
O documentário, baseado no livro “Maracanã, a história secreta”, do jornalista uruguaio Atilio Garrido, apresenta o fato “como jamais foi contado”, acrescentaram, e tem “foco nos personagens e nos testemunhos que deixaram ao longo de suas vidas”.
Entre os que aparecem em cena contando suas experiências e as mudanças sua vida a partir do triunfo está o ex-atacante Alcides Ghiggia, autor do segundo gol uruguaio na vitória por 2 a 1 e único ainda vivo entre os que estiveram em campo naquela partida.
Também aparecem no documentário Obdulio Varela, conhecido como “O negro chefe”, capitão daquele selecionado, o talentoso Juan Alberto Schaffino, o goleiro Roque Gastón Máspoli e o atacante Julio Pérez, entre outros.
Segundo os diretores, a pesquisa feita para o documentário “revela elementos vitais para ser uma história única: hipocrisia política, manipulação social, sublimação esportiva e vontade humana”, entre outros aspectos.
A obra é uma produção das empresas uruguaias Coral e Tenfield com a coprodução da brasileira Arissas Multimídia, e tem o apoio do Instituto de Cinema do Uruguai e o Fundo Ibermedia.