Se você dormir menos de 6h, o bicho pega; se dormir mais de 8h, o bicho come. O sono é um dos pilares fundamentais da nossa saúde e, ainda assim, ninguém parece saber o que “dormir bem” realmente significa. Afinal, dá para compensar as horas perdidas no fim de semana? Dormir demais também pode ser fatal? Apesar das poucas respostas, uma coisa é fato: quando não dormimos bem, nada funciona direito. O rendimento no trabalho ou nos estudos cai, ficamos mais mal humorados, discutimos à toa… Por isso, é importante respeitar o descanso e zelar por algumas horas de sono revigorantes.
Reviramos a internet atrás de respostas e considerações sobre as famigeradas horas de sono, para entender como elas podem mexer com o organismo e afetar o cotidiano, de um jeito positivo ou negativo, claro. Se liga!
Respeita o sono das minas
A ciência explica por que as mulheres preferem dar aquela enroladinha básica a mais na cama, enquanto os homens despertam com mais facilidade. De acordo com uma pesquisa realizada no Centro de Pesquisa do Sono, na Universidade Loughborough, no Reino Unido, mulheres precisam dormir mais do que os homens. A explicação está nas conexões cerebrais, já que elas têm a tendência de conciliarem muitas atividades simultâneas ao longo do dia. Já que a sobrecarga no cérebro é maior, a soneca precisa ser mais profunda.
Pouco sono = caos
Você acha que é normal dormir às 2h da manhã e levantar às 8h, todos os dias? Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia descobriram que o hábito de dormir apenas 6h por dia, durante 2 semanas, é o mesmo que ficar acordado por 48h. Ou seja, é por isso que você sempre se sente tão cansado, mesmo dormindo tanto no fim de semana.
Em busca das 7h perfeitas
Vamos falar de uma média boa, então! Pessoas que querem cuidar da saúde vascular atentam à dieta, praticam exercícios, largaram o cigarro… E o sono, onde fica? Pesquisadores da Sociedade Europeia de Cardiologia descobriram que dormir uma média de 7h por noite diminui em 83% o risco de morte por doenças cardíacas, aliado a outros hábitos saudáveis.
Dormir bem, sempre? Nem sempre
Seis horas, sete horas, oito horas… Parece que ninguém chegou a um consenso sobre a quantidade ideal de sono que a gente precisa. Na verdade, é que o número de horas varia ao longo da nossa vida. A Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos, chegou a alguns resultados diferentes: crianças de menos de um ano precisam dormir de 12 a 15 horas por dia; adolescentes, por sua vez, deveriam ficar de 8h a 10h na cama. Os jovens adultos, aqueles que têm entre 18 e 25 anos, precisam dormir de 7h a 9h por noite. O mesmo vale para a faixa etária que vai até os 64 anos, aliás.
Cuidado com excessos
Mas também não é pra sair dormindo loucamente por aí, viu? Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Nova York descobriram que dormir mais de 8h por noite, todos os dias, aumenta em 146% o risco de sofrer um derrame. Isso porque nos tornamos cada vez menos ativos no dia-a-dia, comprometendo a pressão sanguínea do corpo. Claro que uma dieta pobre em nutrientes também atrapalha a saúde, né?
Sono dá fome, muita fome
A famosa “larica”, estimulada por algumas drogas, também pode dar as caras naquelas semanas em que estamos dormindo muito mal. Um estudo da Universidade de Chicago, publicado no jornal Sleep, revelou que o organismo se sente mais tentado a comer em excesso quando o sono é de má qualidade. É que os níveis de endocanabinoides aumentam quando vivenciamos a privação de sono, ocasionando esses episódios famintos e descontrolados ao longo do dia. As comidas favoritas desse tipo de larica, aliás, são aquelas bem calóricas e pouco nutritivas, também.
Doenças do sono e como tratá-las
Créditos: Visual Hunt