Simony destaca a importância da colonoscopia para prevenir o câncer (Foto: PodSempre)

Simony Benelli Galasso, paulistana de 46 anos, foi a convidada do podcast PodSempre, produzido pela rede de farmácias Pague Menos. A cantora é a última convidada da série especial com mulheres, exibida durante o mês de março, que tem como objetivo compartilhar histórias inspiradoras de mulheres fortes de diferentes idades e perfis, abordando temas relevantes como saúde, desafios, beleza, qualidade de vida e bem-estar.

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Durante sua participação no podcast, Simony abordou sua trajetória profissional e tratamento do câncer do intestino. O episódio com a participação de Simony foi ao ar nesta quarta-feira, 29 de março e segue disponível no canal oficial da Pague Menos no YouTube.

Durante a conversa, a artista contou sobre o início de sua carreira aos seis anos de idade, quando se juntou ao icônico grupo infantil Balão Mágico. Na época, sua mãe a levou para participar do programa de Raul Gil, de onde surgiu a oportunidade de iniciar profissionalmente em uma emissora. Simony expressou sua eterna gratidão a Raul Gil até os dias de hoje pela oportunidade oferecida. “Eu falo com o Raul hoje, quase todos os dias. Eu sou muito grata e eu falo para ele que a minha gratidão será eterna. Eu sou muito grata por muitas coisas na minha vida e por todas as pessoas que, de alguma forma, me fizeram ser alguma coisa ou ser uma pessoa melhor. E o Raul foi isso. Eu sou apaixonada por ele. Ele é meu padrinho praticamente”, ressalta.

Simony também destacou que sempre teve sua mãe como um modelo a seguir. Aos cinco anos de idade, foi sua mãe quem assinou o contrato com o Balão Mágico. “Venho de uma família que já é de circo, minha mãe sempre cantou e fazia muitos bailes, minha tia canta e toca bateria, guitarra, então já é uma família artista mesmo. Eu não tinha outro caminho para seguir a não ser um desses aí”, ressalta Simony.

A artista comentou que, quando acordou, já era a criança mais famosa do Brasil. Na escola, Simony disse que precisava comer dentro do banheiro, pois todo mundo queria vê-la e a situação era bastante caótica. “Eu não me lembro de reclamar. Nasci para aquilo. Não era sufocante”, pontua.

Ao longo de sua carreira, em um contexto em que somente certos tipos de corpos eram valorizados, Simony se sente orgulhosa por ter feito um ensaio fotográfico para a Playboy em 1994, quando já havia completado 18 anos. “Eu fiz mesmo e foi muito incrível. Imagina para uma menina que estava gordinha fazer Playboy e se tornar um símbolo sexual – é super incrível. As mulheres mais lindas fizeram Playboy. É um orgulho falar que fez. Foram fotos lindas realizadas no Caribe”, pontua.

Sobre a descoberta do câncer de intestino

Simony comentou que sempre se cuidou muito, e antes da pandemia, estava em uma rotina fitness rigorosa, com treinos intensos e alimentação saudável. Quando as restrições da pandemia foram aliviadas, ela voltou à academia, mas começou a sentir cansaço excessivo. Um dia, enquanto estava tomando banho, percebeu um caroço na virilha esquerda.

Após realizar os procedimentos médicos, a médica solicitou um ultrassom para verificar o caroço na virilha, entretanto nada de anormal foi encontrado naquele momento. “Porém, a íngua começou crescer muito e ela doía muito. Aí eu comecei fazer vários outros exames e fui atrás de uma proctologista”, ressalta.

Depois de conversar com a médica e passar pelo exame de toque, foi recomendado que Simony realizasse uma colonoscopia com urgência no dia seguinte. Ela ficou surpresa ao descobrir que esse tipo de exame é geralmente recomendado para pessoas com mais de 45 anos e que não estava ciente disso. “Ninguém nunca me falou isso. Muita gente não sabe. Talvez se eu tivesse feito com 45 anos eu teria menos sofrimento em um tratamento”, finaliza.

Após o resultado do exame chegar no celular ela abriu o material. “Eu estava tomando uma cerveja em casa e abri o resultado do exame e estava escrito a palavra carcinoma. Na hora, eu pensei que eu ia morrer. Aí eu liguei para minha amiga médica, tirei um print do exame e mandei para ela”. “O médico de um paciente oncológico é tudo na vida desse paciente. Ele vai mudar tudo que você vai sentir durante um tratamento tão pesado como é o de câncer”, enfatiza.

Após realizar outros exames complementares, Simony foi informada de que o câncer não havia se espalhado, porém já estava em seu corpo há cerca de um ano, e ela só descobriu por conta da íngua e da investigação médica. “Caso não tivesse saído essa íngua eu não ia descobrir. Pelo meu intestino, eu sentia que estava um pouco diferente, mas como eu sempre tive problema de intestino eu não prestei muita atenção, porque quando você tem um problema mais grave, você parece que nunca fica esvaziando tudo, toda hora você vai no banheiro”, pontua.

A artista foi ao consultório e foi internada no mesmo dia para colocar o cateter que fica durante um ano em seu corpo, que é no lugar onde recebeu a quimioterapia. “No outro dia eu comecei a quimioterapia que é um tratamento bem pesado, bem sofrido e a primeira sessão durou 8 horas, a segunda 3 a 4 horas e a terceira 2 horas. A primeira, os primeiros 15 minutos o médico precisa ficar na sala com você e então ele fica lá. Na primeira vez, eu não senti nada e na segunda eu senti um calor horroroso”, pontua. A artista ainda menciona que se olhava no espelho e nem a reconhecia mais “Eu voltava pra casa e o meu filho de 9 anos me chamava pra brincar e eu não tinha força nem pra levantar da cama porque eu ficava muito debilitada”, finaliza.

Durante o tratamento, Simony realizou a quimioterapia e a radioterapia. “Tinha dias que eu chorava muito, que eu tinha muito medo e é normal, você tem que viver isso”, ressalta. Simony ainda menciona que para o cabelo não cair ela fez o tratamento da “touca gelada”, porém, o tratamento foi muito forte e não teve muito resultado. “Quando eu comecei a fazer a quimio eu já chamei o cabeleireiro, tirei o mega de 60cm e pedi para cortar chanel. Mais ou menos 14 dias depois eu acordei com um tufo de cabelo no meu travesseiro. Aí eu ia tomar banho, o banheiro inteiro cheio de cabelo. Eu não aguentei aquilo. Era muito sofrimento. Eu falei que alguém tinha que raspar a minha cabeça porque eu não queria ficar mais assim. Esse momento foi de muito choro”, finaliza. Durante todo o tratamento, Simony ressalta que teve muito apoio de mulheres que já tinham passado por isso.

Ao finalizar o tratamento com quimioterapia, Simony constatou que o câncer havia diminuído cerca de 50% e que os nódulos já não estavam mais presentes em seu corpo. “Quando a gente passa por uma doença dessa a frase que eu sempre falo é um dia de cada vez porque realmente é um dia de cada vez. A gente tem que viver um dia de cada vez. E aquilo que está na sua cabeça é o mais importante de tudo porque você pode escolher passar por um tratamento desse chorando ou pode passar olhando lá para a frente e mirando na sua cura e passar sorrindo por isso. Eu resolvi passar pelo caminho da cura, pelo caminho da fé, caminho da esperança e de acreditar”, pontua.

Hoje, a Simony encerrou os tratamentos e segue apenas realizando os monitoramentos preventivos. Além disso, a artista está fazendo ações para ajudar outras pessoas.

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Simony destaca a importância da colonoscopia para prevenir o câncer

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