Sally-Ann Howell, de Tivadale, na Inglaterra, é uma acumuladora e não via o chão da própria casa há 4 anos. Ela decidiu chamar os especialistas em N Gervais em novembro de 2016, após a prefeitura receber reclamações de um cheiro forte que vinha de seu apartamento, informou o jornal Daily Mail.
O local de dois quartos estava cheio pilhas de lixo com mais de 1,2 metros de altura, além de urina e fezes de gato. Teias de aranha grossas cobriam o teto e as prateleiras estavam cobertas de livros cheios de traças.
A empresa de limpeza N Gervais é um serviço de limpeza doméstico que tem um departamento especializado que se dedica a ajudar aqueles cujo transtorno de acúmulo está fora de controle. As especialistas Tee e Caz, de Birmingham, lideram a equipe e geralmente são chamadas quando os inquilinos não têm escolha senão limpar sua casa ou acabar sem um lugar para morar.
“Nós oferecemos a pessoas como Sally um excelente serviço. Nós somos gentis na nossa aproximação. Respeitamos as casas deles e as coisas que eles possuem. Aquele lugar é a vida deles”, explicou Tee.
Sally já admitiu ser acumuladora e realmente queria ajudar. Ela mora no local há 15 anos. “Muita gente vive momentos difíceis só de ter que se livrar de um pedaço de papel. Eu não sou esse tipo de acumuladora. A minha história começou com o estresse, com a ansiedade e a depressão no meio de 2010, quando meu gato morreu. Eu vejo que tenho muitas coisas e penso em me livrar delas, mas nunca faço isso porque minha mente simplesmente não consegue lidar com essa hipótese”, explicou.
“Mas, sim! Eu me classifico como acumuladora. Muitas pessoas negam isso, mas eu não. Como a minha casa me faz sentir? Posso dizer que me faz sentir com nojo de mim mesma. E chegou a um estágio que eu só queria acabar com a minha vida por causa disso. Eu não conseguia mais lidar com isso”, contou.
As especialistas Tee e Caz contaram que o caso de Sally foi um dos piores que elas já viram. “É definitivamente um risco biológico. Quando cheguei, havia esse cheiro. Pilhas e pilhas de sacos pretos, que eu acreditava serem lixo. Tinha preocupações porque sabia que existiam garrafas de urina. Isso é extremo. Isso é muito extremo”, contou Caz.
“Sofro com problemas na bexiga, a incontinência e me faz não conseguir chegar ao banheiro a tempo. Então, comecei a ter acidentes e chegou ao ponto que eu estava usando garrafas e não me livrando delas”, contou Sally-Ann.
Antes da limpeza, a acumuladora não conseguia mais chegar até a cozinha de casa, não conseguia mais dormir no quarto também. Por meses, ela dormiu no corredor.
Confira o antes e depois: