Derrol Murphy, de 41 anos, já não fala com a família há quatro anos por causa de um chiclete. O barulho emitido quando as pessoas mascam o doce é insuportável para o designer gráfico. Ao escutar, ele é tomado por uma onda de raiva incontrolável, que o mantém afastado de seus entes queridos.
Não é mimimi: Derrol sofre de uma doença chamada misofonia. Neste transtorno mental, sons específicos causam ataques de pânico e uma grande vontade de deixar o local. “Por anos pensei que fosse maluco. Barulhos simples me causavam muita raiva”, explicou ao Daily Mail.
Pequenas tarefas, como ver os familiares, ir ao cinema ou sair com amigos tornam-se uma missão quase impossível para o designer gráfico de San Diego, Califórnia, por causa de sons como o da mastigação ou de pessoas limpando a garganta. Ele contou que já quase atacou um colega de trabalho por causa do ‘clic’ feito pela caneta.
“O barulho de sacolas plásticas me deixam louco. Não consigo ir ao cinema há 10 anos porque o som de pessoas abrindo pacotes me incomoda extremamente”. Mas para ele, os mais irritantes definitivamente são os de chiclete e as vozes de algumas pessoas.
Ele entendeu sua condição aos 30 anos de idade e possui algumas regras no novo namoro para conseguir conviver com os barulhos. “Kurt [namorado] sempre avisa para eu cobrir os ouvidos, assim eu consigo suportar”, explica.
“A misofonia contribuiu para o término do meu ex-relacionamento, então significa muito para mim que Kurt seja tão compreensivo”.
Derrol utiliza fones de ouvido três horas por dia para aliviar os sintomas. “[Este transtorno] é real e as pessoas precisam ter paciência com os pacientes”, ele pede.