Todo mundo precisa de princípios. Dito isto, vamos à verdade universal do mundo dos derivados do leite: é impossível, repito, impossível confiar em alguém que não gosta de queijo. Queijo branco, queijo magro, queijo mofado, queijo amarelo, queijo furado, queijo cremoso… Não dá, sinto muito. Quem é apaixonado por queijo, porém, tem motivo de sobra para comemorar e celebrar essa variedade tão saborosa de alimentos, a começar pela saúde do coração. Pessoas que comem queijo podem viver mais e melhor, sabia? Tá vendo, queijo é só amor, minha gente!
A novidade é de um estudo publicado na Nature Medicine (você pode acessá-lo na integra aqui, ó) sobre uma substância chamada “espermidina”, encontrada em queijos envelhecidos e em outros alimentos. De acordo com os autores, essa poliamina é responsável por proteger o coração e estimular a longevidade de seus consumidores assíduos. Sim, pode caprichar no queijo ralado da macarronada, moçada. O estudo foi conduzido, num primeiro momento, com testes em camundongos e ratos de laboratório. Os bichinhos que comiam mais alimentos com espermidina apresentaram maior longevidade do que aqueles com dieta comum, sem queijo.
O segundo passo era levar as conclusões do estudo à vida real. Cerca de 800 italianos participaram da pesquisa; aqueles que consumiam mais alimentos com espermidina apresentaram baixos riscos de desenvolver doenças cardíacas e pressão arterial controlada, dentro do esperado. Os pesquisadores concluíram, portanto, que o queijo também evita paradas cardíacas, para a nossa alegria. Pena que tudo em excesso faz mal, né?
Queijo, apesar de delicioso, é bem gorduroso e pode colocar todas as vantagens da espermidina por água abaixo. Não precisa tirá-lo da dieta, basta consumir com moderação, combinado? Em paralelo, a espermidina pode ser encontrada em outros alimentos, bem mais saudáveis que o queijo, como milho, soja, grãos integrais, ervilhas… Nada tão gostoso quanto, infelizmente.