Quando a empresa Philip Morris lançou a campanha de publicidade com a mensagem “quero parar de fumar”, o CEO da American Lung Association, Harold Wimmer, respondeu de volta: “pare de vender cigarros”. A companhia quer agora apoio da agência reguladora Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, para vender o que considera “tabaco seguro”, chamado tabaco aquecido.
O comitê da FDA se reúne nesta quarta-feira (24), mesmo dia em que a Lung Association divulga o relatório anual sobre o consumo de tabaco nos EUA. O documento cobra mais rigorosidade da FDA sobre as companhias produtoras de cigarro e campanhas publicitárias sobre o produto.
De acordo com os dados divulgados pela associação, 16.4% dos adultos, equivalente a 39 milhões de pessoas nos EUA, fumaram cigarros em 2016. A porcentagem sobe para 28.6% quando se trata de norte-americanos nativos e nativos do Alasca.
A Lung Association e outras organizações de saúde dos EUA criticaram a nomeação de um “tabaco seguro” feita pela Philip Morris e pressionaram a FDA sobre a veracidade dos dados fornecidos sobre o produto pela produtora de cigarros. “Está claro que a Philip Morris não está sendo honesta com as informações enviados para a FDA e que deixaram pontos importantes da pesquisa de fora do documento”, afirmou a representante da Lung Association, Erika Sward.
Philip Morris, porém, informou que mais de 3.7 milhões de pessoas já aderiram o produto em países como Canadá, Colômbia, França e Espanha.
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