Muitas pessoas viajam a outros países à procura de cirurgias plásticas mais baratas. No entanto, realizar este sonho pode colocar a vida desses pacientes em risco, como ocorreu com Lyndsay Colosimo, de 38 anos, moradora da Flórida, nos Estados Unidos. Ela perdeu um mamilo após parte de sua pele necrosar em decorrência de um procedimento mal feito.
Em Maio, ela viajou à Colômbia para realizar uma abdominoplastia, colocar implantes de silicone nos seios e um lifting do bumbum por US$ 10 mil. Nos EUA, os procedimentos estéticos sairiam, no total, por US$35 mil, segundo informações do jornal Mirror.
Após a cirur
gia, Colosimo ficou em um hotel onde recebia a visita enfermeiras, mas nunca do médico. Ela começou a perceber marcas pretas ao redor de um dos mamilos e, ao conversar com o doutor Carlos Ramos pelo aplicativo de mensagem WhatsApp, ele assegurou que era algo normal.
Os curativos nos seios começaram a vazar e o estômago estava inchado depois de 10 dias. “Continuei conversando com o médico, perguntando se aquilo era normal e ele respondia, ‘sim, você está bem'”, contou a paciente ao noticiário WPTV. Suspeitando da resposta, ela enviou fotos dos ferimentos do mamilo para a irmã, que é enfermeira.
“Ela mostrou as imagens para o médico com quem trabalha e ele imediatamente disse que era necrose (morte do tecido corporal)”, relatou Colosimo.
Em decorrência das complicações e infecções, ela precisou retirar seus ductos lactíferos, sistema que produz o leite materno, três semanas após as cirurgias plásticas. Os cortes dos implantes mamários também abriram. Mas o pesadelo não parou por aí:
“Meu estômago começou a reter líquido e pus vazava pelo meu umbigo. Massagistas foram ao meu quarto do hotel para realizar incisões e drenar o líquido”, contou a vítima ao jornal Mirror.
Ela retornou aos EUA para receber o tratamento médico adequado e acumulou uma conta hospitalar de US$ 40 mil.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), estima-se que anualmente 75 mil estadunidenses viajem à procura de tratamentos médicos, incluindo cirurgias plásticas.
Entre os populares centros de ‘turismo médico’ estão países como Colômbia, Brasil, Argentia, Costa Rica, Cuba, Índia, México e Tailândia.
Em nota, o advogado de Carlos Ramos afirmou que a paciente aceitou os riscos inerentes a uma cirurgia, incluindo necrose e infecção, ao assinar o contrato. No entanto, seu cliente já é denunciado por fraudes e erros médicos há 12 anos, segundo denunciou o noticiário.
Colosimo ressaltou que não tem medo de mostrar fotos dos ferimentos porque quer alertar outras mulheres a não cometerem o mesmo erro. Sua recuperação deverá levar de seis meses a um ano e ela ainda precisará passar por outras cirurgias reconstrutivas.
Cuidado, imagens fortes: confira fotos pós-cirúrgicas de Lyndsay Colosimo.