Médico alerta: intoxicação por metanol pode causar cegueira e morte em até 48 horas (Foto: Divulgação)
O metanol — também conhecido como álcool metílico — é utilizado industrialmente como solvente e combustível, mas é extremamente perigoso quando ingerido. No corpo humano, ele se transforma em formaldeído e ácido fórmico, substâncias que atacam o sistema nervoso central, os nervos ópticos, o fígado e os rins. Isso pode levar à cegueira irreversível, falência múltipla de órgãos e até morte.
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“O grande problema do metanol é que, nas primeiras horas, ele engana o corpo. Os sintomas iniciais se parecem com uma embriaguez comum, e muitas pessoas acabam demorando a buscar atendimento”, explica o Dr. Adriano Faustino, médico nutrologista, eespecialista em metabolismo.
Segundo ele, o risco está justamente na demora para reconhecer o perigo: “Quando a pessoa percebe que não é apenas uma ressaca, muitas vezes já está em fase de intoxicação grave. Por isso, a rapidez no diagnóstico e no tratamento é decisiva.”
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Linha do tempo da intoxicação por metanol
Primeiras 12 horas – sintomas discretos e enganosos
- Náuseas, dor abdominal, tontura e dor de cabeça podem ser confundidos com ressaca.
- Mesmo em fase inicial, o organismo já sofre alterações metabólicas importantes.
- “Exames de sangue podem indicar acidose metabólica e aumento do osmolar gap, sinais de que o corpo caminha para uma intoxicação grave”, detalha o Dr. Faustino.
De 12 a 24 horas – os olhos sofrem primeiro
- O ácido fórmico inibe a produção de energia nas mitocôndrias, afetando principalmente retina e nervo óptico.
- Sintomas típicos incluem visão borrada, sensibilidade à luz e percepção de pontos luminosos.
- “O nervo óptico é extremamente vulnerável. A falta de energia pode levar à cegueira permanente se não houver intervenção rápida”, alerta o especialista.
Até 48 horas – risco de falência múltipla e morte
- O acúmulo do ácido fórmico atinge de forma agressiva o sistema nervoso central, podendo causar convulsões, coma e arritmias cardíacas.
- Órgãos vitais como coração, pulmões e rins entram em colapso progressivo.
- “Passadas 48 horas sem atendimento adequado, a reversão dos danos é extremamente difícil. Cada hora conta para salvar vidas e prevenir cegueira”, reforça Dr. Faustino.
Por que o metanol engana o corpo?
- Metanol e etanol disputam a mesma enzima no fígado: a álcool desidrogenase.
- Enquanto o etanol é metabolizado em substâncias que o organismo consegue processar, o metanol gera compostos altamente tóxicos.
- “O fígado, que normalmente nos protege, acaba se tornando uma biofábrica de veneno no caso do metanol”, resume Dr. Faustino.
Dr. Adriano Faustino acrescenta que a população precisa estar atenta: “Muitas vezes a bebida adulterada tem cheiro e gosto semelhantes ao do álcool comum. Não há como identificar a olho nu. O cuidado tem que vir antes da ingestão, evitando consumir produtos de origem duvidosa.”
Tratamento exige rapidez
- Antídotos: fomepizol ou etanol, que competem pela via metabólica.
- Hemodiálise: remove rapidamente metanol e ácido fórmico.
- Bicarbonato de sódio: corrige a acidose metabólica.
- Ácido folínico/fólico: acelera a detoxificação do ácido fórmico.
Dr. Faustino reforça a importância da prevenção: “Evitar bebidas de procedência duvidosa é a melhor maneira de não passar por esse risco. E caso haja qualquer suspeita de ingestão, buscar atendimento médico imediato pode salvar a visão e a vida.”
Quem é Dr. Adriano Faustino
- Médico graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
- Especialista em Geriatria, Nutrologia (ABRAN), Medicina Funcional, Fisiologia Hormonal e Oncologia Integrativa;
- Título de Especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas;
- Médico legista no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte;
- Coordenador do Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital Regional de Betim/MG;
- Professor universitário nas áreas de Medicina Legal, Anatomia Médica, Primeiros Socorros e Legislação Médica;
- Professor de Pós-Graduação na Fundação Unimed e no Mestrado em Saúde da Faculdade de Direito Milton Campos (MG);
- Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Longevidade (SBML) e da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO);
- Idealizador do Programa Saúde Máxima e do Protocolo de Medicina Investigativa, já ajudou milhares de pacientes a transformarem suas vidas com diagnósticos precisos e abordagens terapêuticas baseadas em ciência de ponta, estilo de vida, alimentação e intervenções personalizadas;
- Desenvolvedor do Protocolo C.A.U.S.A. – Câncer, Autocuidado, Unidade, Saúde e Ação;
- Pregador e professor de Escola Bíblica Dominical desde 2001;
- Autor do livro Cientificamente Divino – Princípios bíblicos e científicos para uma saúde máxima.