Médica faz alerta após Ana Castela revelar uso de medicamento: “Não é qualquer caso” (Foto: Divulgação)

A cantora Ana Castela, de 21 anos, revelou recentemente que está passando por um tratamento com isotretinoína, substância conhecida popularmente pelo nome comercial Roacutan. O medicamento, amplamente prescrito para casos graves de acne, exige acompanhamento médico rigoroso devido aos potenciais efeitos colaterais e restrições de uso.

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Em suas redes sociais, Ana relatou que convive com acne há muitos anos e que decidiu iniciar o tratamento como parte de uma rotina mais cuidadosa com sua saúde e aparência. “Essas espinhas na minha cara… pra quem me acompanha há muito tempo, sabe que sofro com acne há muitos anos na minha vida. E agora comecei a tomar Roacutan, meu Deus do céu, gente. Até o Roacutan fazer efeito, essas bombinhas aqui vão sair tudo”, lembrou a cantora nas redes sociais.

A boiadeira não compartilhou detalhes sobre a duração do tratamento, que costuma variar entre quatro e oito meses, dependendo da dose e da resposta individual de cada paciente. A decisão da cantora, ao expor sua jornada de forma pública, também reacende uma importante discussão sobre a relação entre autoestima, saúde mental e os desafios enfrentados por quem convive com acne severa.

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A escolha, embora comum entre jovens e adultos com acne persistente, exige atenção. Segundo a dermatologista Laís Rios, o uso da isotretinoína deve sempre ser criterioso e individualizado. “Não se trata de um remédio estético ou uma solução rápida. A isotretinoína é uma medicação potente, indicada para pacientes com acne inflamatória grave, nódulo-cística ou resistente a outras abordagens. O acompanhamento médico, com exames mensais, é indispensável”, afirma Laís.

Derivada sinteticamente da vitamina A, a isotretinoína atua diretamente nas glândulas sebáceas da pele, reduzindo significativamente a produção de óleo e promovendo a regressão das lesões inflamatórias. Segundo estudos clínicos, a taxa de remissão completa das lesões após o tratamento ultrapassa os 90% dos casos. No entanto, os efeitos colaterais são frequentes — e variam de leves a severos.

“Os sintomas mais comuns são o ressecamento da pele, dos lábios, dos olhos e das mucosas, inclusive da região íntima. Além disso, a substância pode alterar níveis de colesterol, triglicerídeos e enzimas hepáticas, o que exige exames laboratoriais frequentes”, explica a médica.

A dermatologista também ressalta que a isotretinoína é contraindicada para gestantes ou mulheres que possam engravidar durante o tratamento. O risco de malformações fetais é considerado elevado, o que obriga o uso de métodos contraceptivos eficazes, mesmo após o fim do uso do medicamento.

“Essa é uma das medicações mais teratogênicas da medicina moderna. A mulher precisa entender que qualquer chance de gravidez durante o tratamento ou no mês seguinte pode ser extremamente perigosa para o feto. É uma contraindicação absoluta nesse sentido”, reforça Laís Rios.

Outros grupos que devem evitar o uso da isotretinoína incluem pessoas com doenças hepáticas, alterações nos níveis de vitamina A e histórico de distúrbios psiquiátricos. Embora associada a quadros de depressão em alguns relatos, a relação causal ainda é debatida. Mesmo assim, o monitoramento do estado emocional dos pacientes durante o uso é recomendado.

A médica também destaca que o tratamento deve ser iniciado apenas após esgotadas outras alternativas, como antibióticos tópicos e orais, peelings ou cuidados com skincare. “Infelizmente, muitas pessoas enxergam o Roacutan como um atalho, quando na verdade é o último recurso em muitos protocolos. Quando bem indicado, o resultado pode ser transformador — mas só se for feito com responsabilidade, acompanhamento e paciência”, conclui a dermatologista.


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