O que poderia ser apenas uma fase acabou tomando proporções alarmantes na família da dona de casa Kerry Shearer.
Após ficar sem opções, Kerry teve de raspar a cabeça da filha de apenas dois anos, numa tentativa desesperada de controlar o impulso da pequena de arrancar os próprios fios da cabeça.
Essa compulsão tem diagnóstico na medicina: tricotilomania, um transtorno que provoca o “impulso urgente e irreprimível de arrancar os próprios fios de cabelo ou pelos” e é mais comum do que as pessoas imaginam.
A pequena Isla, apesar de não parecer uma criança ansiosa, já arrancou tantos fios de si mesma que ganhou uma grande falha na cabeça. De um lado, os cachinhos dourados; do outro, uma parte falhada que vinha atraindo olhares nas ruas.
Kerry tinha medo que a filha começasse a sofrer discriminação por conta da aparência.
“Foi uma decisão muito difícil. Ela tem cachos dourados muito bonitos. Assim que o cabelo dela não estava mais lá, ela começou a puxar os meus, ou puxar os fios de um pente“, disse Kerry ao jornal The Daily Mirror.
A mãe tem recebido apoio em grupos de Facebook com relatos de pessoas que enfrentam as mesmas dificuldades. Sua ideia, agora, é conscientizar pais e mães sobre o transtorno, de modo que crianças devidamente diagnosticadas recebam o apoio da família.
“Eu adoraria ver mais pessoas conhecendo a tricotilomania. Os irmãos da Isla sabem tudo a respeito e dão todo o apoio, então houve uma educação extra para eles também. Seria bacana ver outros pais ensinando seus filhos sobre a condição, assim eles poderão entendê-la e saber que, só porque alguém é diferente, não quer dizer que eles são más pessoas”.
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