Um estudante no estado de Kentucky, nos EUA, está processando sua escola após ser proibido de jogar basquete por ele ter se recusado a tomar uma vacina contra a catapora por motivos religiosos.
Jerome Kunkel, de 18 anos, acredita que as vacinas possuem “células de fetos abortados”. Já a escola Nossa Senhora do Sagrado Coração o impediu de jogar com seus companheiros por conta de um surto da doença que já afetou 32 jovens na região próxima à cidade de Walton, onde fica localizado o colégio.
“Eu não poder terminar jogar os dois últimos jogos de basquete é bem devastador”, disse o adolescente à emissora CNN.
Os alunos do estado de Kentucky podem recusar as vacinas por motivos religiosos caso tenham uma declaração juramentada. Mas a escola não aceitou a declaração de Kunkel para que, em meio ao surto na região, outras pessoas não contraiam catapora em um local público, como uma quadra de basquetes.
A recusa de Kunkel tem a ver com o início do desenvolvimento das vacinas nos anos 1960, quando células de dois fetos abortados, na Inglaterra e na Suécia, foram usados para vacinas. Algumas delas ainda possuem um célula fetal, mas não a usada para evitar a catapora.
Muitos católicos se recusam a tomar vacinas porque abortos são considerados pecados de excomunhão. Entretanto, o papa Bento XVI decidiu que vacinas seriam moralmente aceitáveis com o objetivo de proteger crianças e adolescentes de dores, doenças e até de mortes prematuras.
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