Johnson & Johnson / Reprodução A empresa por recorrer

A empresa Johnson & Johnson foi condenada a pagar R$ 284 milhões à família de uma mulher que teve a morte relacionada ao uso do talco de bebê da marca. A decisão aconteceu em um julgamento em Mississipi, nos Estados Unidos, segundo informações da BBC.

Jackie Fox, do Alabama, morreu de câncer no ovário no último ano, aos 62 anos, após usar o talco por décadas. A família da vítima acusou a empresa de falhar no alerta sobre os riscos à saúde que o produto oferece. A empresa está considerando recorrer na Justiça.

“Nós não temos outra responsabilidade que não seja a saúde e segurança dos clientes, e estamos muito desapontados com o que está acontecendo”, afirmou um porta-voz da Johnson & Johnson. O veredito após três semanas de julgamento foi o primeiro a culpar uma empresa do segmento. Mais de 1 mil casos continuam pendentes e advogados acreditam que o número deve subir.

Pesquisas feitas no Reino Unido afirmam que as evidências da relação entre câncer no ovário e o uso de talco são incertas. Em 2003, resultados de 16 estudos envolvendo 12 mil mulheres mostraram que o uso de talco aumenta o risco de câncer no ovário em um terço. Uma revisão feita em 2013 chegou à mesma conclusão quando o produto é aplicado nas áreas íntimas da mulher.

Por outro lado, um estudo desenvolvido nos Estados Unidos em 2000, com 80 mil mulheres, não encontrou relação entre o uso de talco e o aparecimento de câncer no ovário.

 


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J&J deve pagar R$ 284 mi por suposta relação de talco com câncer

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