Uma escocesa de 71 anos descreveu a sensação do parto como uma ‘cócega’ e, aos 65 anos, surpreendeu os médicos ao não sentir nenhuma dor apesar do desgaste no quadril. Jo Cameron passou anos sem entender as aflições relatada por outras pessoas, mas agora finalmente tem uma resposta de como consegue ser imune à dor.

Na quinta-feira (28), em um estudo divulgado pelo The British Journal of Anaesthesia, pesquisadores descobriram que a causa desta condição é a mutação no gene FAAH e em outro até então pouco estudado: FAAH-OUT. Isso abre esperança para o desenvolvimento de novos remédios e tratamentos para dores.

De acordo com o The New York Times, esta condição também pode explicar por que Cameron raramente se sente ansiosa e como seu corpo consegue se curar tão rapidamente, peculiaridades que estão sendo estudadas. “Nunca encontramos uma paciente como ela”, afirmou John Wood, chefe do Grupo de Nocicepção Molecular da University College London, ao jornal.

O caso começou a ser estudo há cinco anos, quando ela chamou a atenção do doutor Devjit Srivastava, um dos autores do estudo, ao negar analgésicos após uma operação. A condição, apesar de parecer vantajosa, pode deixar o corpo mais vulnerável. A aposentada, por exemplo, não sentiu o desgaste de seu quadril até que atingisse um nível extremo, ou percebeu que estava queimando a mão, a não ser pelo cheiro de queimado.

Outras consequências relacionadas ao seu quadro incomum são a falta de memória e a impossibilidade de sentir uma “forte adrenalina que os outros tanto comentam”, ela explicou ao The New York Times.

Fotografia ultravioleta

Fotógrafo registra efeito do sol na pele
Fotógrafo registra efeito do sol na pele
Créditos: Reprodução

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Graças a uma mutação nos genes, mulher de 71 anos não sente dores