“A vacina contra febre amarela não é segura, a dose fracionada não faz efeito, grávidas não podem ser imunizadas, quem tomou há mais de 10 anos não está protegido”, e tantas outras discussões que surgiram com o registro de cada vez mais casos da doença. Nem todas, porém, são verdadeiras. É certo que o registro de mais de 200 pacientes desde julho de 2017, sendo 80 vítimas fatais, segundo dados do Ministério da Saúde, é alarmante e é por isso que o Virgula decidiu reunir tudo o que você precisa saber sobre a vacina contra a febre amarela. 

O Estado de São Paulo é o mais afetado pela doença e a Secretaria Estadual de Saúde está fazendo uma campanha de vacinação que pretende imunizar 9 milhões de paulistas em 54 cidades em fevereiro. Veja mitos e verdades sobre a imunização contra a febre amarela:

Tomar vacina pelo menos 10 dias antes de viajar
Verdade. Segundo indicações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a vacina pode demorar de 10 dias a seis semanas para efetivar a imunização. O prazo é avaliado rigorosamente para alguns países onde a vacina é exigida.

Dose fracionada para viagens ao exterior
Segundo a Anvisa, a exigência internacional é pela dose padrão da vacina, portanto a imunização fracionada não é suficiente para emitir o certificado internacional de vacinação contra febre amarela.

Efeito da vacina dura 10 anos
Mito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma dose completa da vacina contra febre amarela é suficiente para toda vida. Isso significa que quem tomou a dose completa da imunização, não precisa “reforçar”.

Tomar dose da vacina protege mais
Mito. Segundo dados do Ministério da Saúde, pessoas que tomaram a dose completa da vacina contra febre amarela, não ficam mais protegidas se vacinadas novamente. O órgão não aconselha a pratica, mesmo durante surtos.

Vacina fracionada não funciona
Mito. A dose fracionada da vacina contra febre amarela, segundo o Ministério da Saúde, tem a mesma eficácia que a dose única padrão. A proteção tem duração de oito anos. A OMS indica o uso da vacina fracionada quando há risco de surto de febre amarela em áreas urbanas.

Propolis e vitamina D protegem contra febre amarela
Mito. A informação é falsa, segundo o Ministério da Saúde. A recomendação da Anvisa é o uso de roupas de manga longa e repelente, além da instalação de redes de proteção em janelas e portas, e eliminação de qualquer foco de mosquito.

Alérgicos a ovo não podem tomar a vacina contra febre amarela
Verdade. A vacina não é indicada a pessoas com alergia grave ao ovo.

Crianças não devem tomar a vacina contra febre amarela
Segundo informações do Ministério da Saúde, crianças a partir de nove meses podem ser imunizadas sem risco. Em lugares de alto risco, bebês podem ser vacinados a partir dos seis meses.

Pessoas com doença grave não podem ser imunizadas
Verdade. Portadores de doença autoimune, que portam HIV e estão em tratamento de quimioterapia estão na lista de risco do Ministério da Saúde, e não são aconselhadas a tomarem a vacina contra febre amarela.

Grávidas não podem tomar a vacina
O Ministério da Saúde não indica a imunização para gestantes e mães que estejam amamentando, no entanto, caso a mulher esteja em local de alto risco, o caso deve ser reavaliado.

O vírus pode ser transmitido pelo leite
Verdade. Existe a possibilidade de o vírus ser transmitido durante a amamentação. O Ministério da Saúde recomenda pausa na alimentação do bebê com o leite materno, caso a mãe tenha que ser imunizada. O leite pode ser retirado dos seios antes da vacinação e congelado por até 15 dias.

A vacina é a única forma de evitar a doença
Verdade. A vacinação é a única forma eficaz de prevenir a febre amarela.

Quem tomar a vacina não pode engravidar
A imunização não interfere na capacidade da mulher de engravidar, porém órgãos de saúde recomendam uma espera de 30 dias após a dose.

A vacina deixa a pessoa doente
A imunização pode causar efeitos adversos. Entre os mais comuns, estão dor de cabeça, dor no corpo, febre, pressão baixa, alergias na pele e alterações no sistema respiratório.

Idosos podem ser vacinados
A recomendação é para que pessoas acima de 60 anos tenham os casos avaliados individualmente, para determinar se a imunização é segura.


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