O microbiologista Chuck Gerba, em parceira com a rede ABC News, comandou testes de germes em quartos de nove hotéis nos Estados Unidos que tinham preços entre US$ 98 e US$ 500 por noite. Em cada um, ele avaliou os mesmos itens.
“Uma das grandes preocupações em quartos de hotéis é não pegar uma gripe, um resfriado ou viroses que podem causar diarreia. Não precisa de muitos germes para que você fique doente”, explicou Gerba.
O especialista testou banheiros, pias, copos e até ferros de passar roupa. Os resultados variaram muito e seis pias entre os nove hoteis testados tiveram níveis de germes considerados excessivos. Um hotel de três estrelas possuía um nível mais baixo de bactérias, mas ainda apresentava coliformes fecais e MRSA, um germe que causa infecções graves na pele.
E sabe aquele secador de cabelo que você comemora não ter que levar quando o hotel tem um? Bem, você talvez queira começar a levar o seu. Os secadores de cabelo apresentaram mais germes do que um banheiro sujo. O que, de certa forma, faz sentido. Enquanto o banheiro obtém uma limpeza regular, os secadores de cabelo tendem a ficar escondidos nas gavetas.
“Deve haver algumas coisas que você pode fazer com um secador de cabelo que eu não estou ciente porque muitos deles eram lotados de germes”, afirmou Gerba, apontando o secador com um dos itens mais infectados que encontrou nos quartos.
“A questão não são os germes. A questão é que existe uma situação incomum, que torna as pessoas propensas a pegar e transmitir algo”, disse o diretor de saúde pública do condado de Los Angeles, Jonathan Fielding.
Apesar da pesquisa da ABC, a indústria hoteleira minimiza os riscos e dizem que os donos de hotéis sabem que precisam manter as coisas limpas ou, provavelmente, perderão negócios. “Aproximadamente 4 milhões de pessoas dormem em hotéis todos os dias e há muitos poucos casos de alguém pegando qualquer tipo de doença por ficar em um hotel”, disse Joe McInerney, da American Hotel and Lodging Association.