Uma novidade médica pode melhorar consideravelmente a vida de milhões de mulheres no mundo que convivem com sintomas de endometriose, mas ainda não tiveram o disgnóstico acertado. Uma parceria entre a Universidade de Oxford, na Inglaterra, e a empresa MDNA Life Science chegou a um exame inovador que poderá ser capaz de detectar 90% dos casos da doença de forma antecipada. Segundo o site Daily Mail, atualmente as mulheres levam, em média, 7 anos e meio para receberem um diagnóstico preciso. E, muitas vezes, ele é feito através de laparoscopias. Neste período, sofrem com dores regulares que são erroneamente associadas à cólicas menstruais.
O teste irá procurar por minúsculos fragmentos de DNA no sangue e pode poupar as pacientes de anos de agonia. Chamado de ‘Mitomic Endometriosis Test’, o exame estará disponível daqui nove meses no sistema privado de saúde inglês por $250 libras (aproximadamente R$ 1,3 mil).
Um estudo recente mostrou que identificar estes biomarcadores no DNA pode ser capaz de diagnosticar 9 em cada 10 casos positivos de endometriose. “A endometriose não só causa uma enorme quantidade de dor para as mulheres afetadas, mas também um tremendo fardo social e econômico. Um teste específico e não-invasivo como forma de diagnóstico é clinicamente muito necessário”, explica Dr. Christian Backer, pesquisador da Universidade de Oxford.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 180 milhões de mulheres sofrem com a doença no mundo. Só no Brasil, são cerca de 7 milhões de pacientes. A endometriose se caracteriza pela presença de células do endométrio, camada que reveste o útero, em outros órgãos e tecidos do corpo, como ovário, intestino ou bexiga. Os sintomas vão desde dores frequentes até infertilidade.