Especialista fala dos desafios e cuidados dos atletas de final de semana (Foto: Divulgação)

Alô, alô, atletas de fim de semana. Mesmo deixando o esporte só pro sábado e domingo, é necessário cuidados. O médico ortopedista e especialista em medicina do esporte, Wander Ama, fala sobre como equilibrar paixão e prevenção para uma prática esportiva segura e eficaz.

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Todos os sábados e domingos os ‘atletas de final de semana’ trocam o conforto do sofá de casa para se exercitar. Seja na praia, na montanha, em cima de uma bike ou escalando, a fuga do estresse é uma tendência saudável e divertida, que renova energia e ânimo. Porém, vale o alerta: é preciso equilíbrio para não cair nas armadilhas das lesões.

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O médico ortopedista e especialista em medicina do esporte, Wander Ama, enfatiza a importância de equilibrar a paixão pela atividade física com medidas preventivas para garantir uma prática segura e eficaz. Ele aconselha, por exemplo, que os ‘atletas de final de semana’ a não subestimem a necessidade de incluir fortalecimento, flexibilidade e condicionamento físico na rotina de treinamentos.

O aquecimento e o resfriamento também precisam fazer parte do ritual dos esportistas de fim de semana. Além disso, explica o Ama, é fundamental escolher os equipamentos certos. “Além de reduzir o risco de lesões, o uso de equipamentos adequados ao esporte praticado pode aumentar o conforto durante a atividade, melhorando a experiência geral e incentivando a continuidade e regularidade na prática esportiva.”, afirma.

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Pegue leve. O médico reforça a necessidade de uma progressão gradual na intensidade e volume do treino. “O corpo precisa de tempo para se adaptar aos crescentes desafios impostos pela atividade física”, explicou Ama que apresenta uma lista das lesões mais comuns:

  1. Distensões musculares: Lesões musculares devido a movimentos bruscos ou excesso de esforço durante a atividade física sem um aquecimento adequado, ou preparo muscular insuficiente.
  2. Entorses ligamentares: Lesões nos ligamentos devido a movimentos instáveis, rápidos ou desequilibrados durante a prática esportiva, geralmente causados pela falta de fortalecimento e estabilidade articular.
  3. Tendinites: Inflamação dos tendões devido a movimentos repetitivos ou excesso de uso dos músculos sem uma progressão gradual de atividade e recuperação insuficiente.
  4. Fraturas por estresse: Lesões ósseas devido ao aumento súbito da intensidade ou duração da atividade física, resultando em estresse excessivo nos ossos sem tempo suficiente para adaptação.
  5. Lesões de impacto: Contusões, cortes, ou lesões traumáticas devido a quedas, choques ou colisões durante a prática esportiva, muitas vezes causadas pela falta de habilidade técnica ou consciência situacional.

Se ocorrer uma lesão, o primeiro passo é suspender imediatamente a atividade física e aplicar medidas iniciais de cuidado, como repouso e gelo. Essas ações podem ajudar a reduzir o inchaço e a dor de uma pancada, por exemplo.
Para determinar a gravidade da lesão, é importante observar sintomas como a intensidade da dor, a capacidade de movimentar a área afetada e a presença de inchaço ou hematomas. O médico explica que lesões graves são geralmente acompanhadas de dor intensa, incapacidade de movimento e alterações visíveis na área lesionada, exigindo avaliação médica imediata.

A volta ao treinamento após uma lesão deve ser gradual e, sempre, sob orientação de um médico. “O processo de recuperação varia de acordo com cada organismo. É essencial garantir que a lesão esteja totalmente curada antes de retomar as atividades normais”, explica o médico.

O médico reforça que o exercício regula contribui significativamente para a prevenção de doenças crônicas, melhoria da saúde mental e manutenção da qualidade de vida. “Mesmo sendo um atleta de final de semana, é essencial valorizar a prática de atividade física, pois ela é benéfica para a saúde e bem-estar. Não deixe que o medo do risco de lesões desestimule esse hábito vital”, concluiu o ortopedista.


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