Especialista, dr. Gustavo Tilmann fala sobre técnica avançada de rejuvenescimento facial (Foto: Divulgação)
Você aí que vive procurando na internet métodos, procedimentos e afins para dar aquela melhorada no visual e fica aflita (o), com medo do resultado e sem saber qual profissional escolher. Muitas pessoas passam por essa situação hoje em dia.
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O Virgula procurou saber mais sobre um método que está revolucionando a área da estética, com resultados que duram por muito mais tempo do que os procedimentos convencionais: o deep plane face lift.
Conversamos com um ícone do assunto, o dr. Gustavo Tilmann, que deu detalhes sobre o procedimento e falou mais sobre a área da estética no Brasil e como lidar com o desejo de passar por processos estéticos.
Segundo Tilmann, o deep plane face lift “é uma técnica avançada de lifting facial que visa proporcionar resultados mais naturais e duradouros comparados aos métodos tradicionais. Diferente do facelift convencional, que geralmente apenas reposiciona a pele e o tecido subcutâneo, o deep plane face lift aborda as camadas mais profundas da face, incluindo o Sistema Músculo Aponeurótico Superficial (SMAS) e a camada de ligamentos que dão suporte à face”.
Acompanhe a entrevista na íntegra com o dr. Gustavo Tilmann abaixo.
Virgula: Há quanto tempo você trabalha com o deep plane face lift?
Trabalho com cirurgia plástica há 25 anos e sempre tive um grande interesse pela cirurgia plástica facial, que é uma subespecialidade dentro da cirurgia plástica. Há mais de 20 anos, venho me dedicando às cirurgias plásticas faciais, estudando e aplicando as técnicas mais modernas e atuais.
O deep plane facelift é uma técnica relativamente recente, com cerca de 5 anos, que se diferencia das abordagens tradicionais por focar o tratamento na musculatura situada abaixo da pele, em vez de se concentrar apenas na pele, como era feito nas cirurgias anteriores. Nas técnicas tradicionais, o cirurgião costumava puxar a pele do rosto, o que, em muitos casos, resultava em um aspecto artificial, com a boca ou os olhos repuxados.
Como essa técnica é mais profunda, trabalhando diretamente os músculos abaixo da pele, além de tratar a pele de forma mais sutil e natural.
Virgula: Houve um aumento na procura por esse procedimento? Se sim, por quê?
Houve um grande aumento na procura por esse tipo de tratamento, justamente porque oferece um resultado natural e elegante, bem diferente de outros procedimentos, como os preenchimentos que muitas vezes deixam o rosto com um aspecto exagerado. Harmonizações faciais têm se tornado muito populares, sendo realizadas por diversos profissionais, incluindo dentistas e enfermeiros. No entanto, o deep plane facelift é uma técnica diferenciada, que poucos sabem executar corretamente. Embora muitos no Brasil aleguem realizar esse tipo de cirurgia, a realidade é que poucos o fazem com a precisão necessária, em parte devido a lacunas na nossa legislação.
Virgula: As pessoas estão buscando mais procedimentos estéticos atualmente. Quais são os principais motivos?
O aumento na demanda por esse procedimento se deve ao desejo por um resultado natural, aliado à pressão das mídias sociais, que hoje exigem das pessoas uma boa aparência em fotos e vídeos. Isso faz com que a preocupação com os traços e a aparência facial seja cada vez maior.
Virgula: O que um especialista deve recomendar de mais importante para quem deseja fazer um deep plane face lift?
O que um especialista mais deve recomendar a uma pessoa que vai realizar uma cirurgia de deep plane facelift é verificar cuidadosamente as credenciais do profissional. O profissional adequado para realizar essa cirurgia é o cirurgião plástico, e não outras especialidades médicas que, infelizmente, tentam realizar esse tipo de procedimento. É essencial que o cirurgião seja especializado, tenha o registro correto no Conselho Regional de Medicina como cirurgião plástico, seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e possua experiência específica nesse tipo de cirurgia.
Vale lembrar que, embora a maioria dos cirurgiões plásticos realize cirurgias, muitos se concentram mais em cirurgias corporais. A cirurgia facial, como o deep plane facelift e procedimentos no nariz, é um capítulo à parte, que exige uma especialização adicional.
Virgula: Pode nos contar mais sobre sua carreira e experiência na área?
Minha carreira começou em 1998, quando terminei a faculdade de medicina. Em seguida, fiz a especialização em cirurgia geral, que é um pré-requisito para a especialização em cirurgia plástica. Depois, me especializei também em cirurgia plástica facial. Embora eu tenha uma grande demanda por cirurgias plásticas corporais e as realize com frequência na minha prática, diria que meu maior destaque está nas cirurgias faciais.
Virgula: Quando você decidiu trabalhar com procedimentos estéticos?
Decidi trabalhar com procedimentos estéticos, considerando-os uma resposta às necessidades de cirurgias estéticas desde que optei por me tornar cirurgião plástico. Na minha opinião, o grande diferencial do cirurgião plástico é que ele realiza tanto procedimentos estéticos, como Botox, preenchedores e estimuladores de colágeno, quanto procedimentos cirúrgicos. Acredito que o cirurgião plástico possui um discernimento maior do que outros profissionais para recomendar o melhor caminho, seja ele cirúrgico ou clínico.
O médico que realiza apenas procedimentos de consultório e clínicos tende a recomendar apenas o que está dentro de sua área de atuação e conhecimento. Já o cirurgião plástico, por ter experiência em ambas as áreas, tem uma visão mais ampla e pode indicar com mais precisão se um caso deve ser tratado de forma cirúrgica ou clínica.
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