Entenda os riscos e benefícios dos remédios para perda de peso (Foto: Divulgação)
A utilização de medicamentos para emagrecimento tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionada por novas opções terapêuticas e a busca por soluções eficazes contra a obesidade. No entanto, a Dra. Fernanda Fonseca alerta que o uso desses fármacos deve ser feito sob orientação médica, pois envolve riscos e necessita de uma abordagem multidisciplinar para obter resultados sustentáveis.
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Os medicamentos para emagrecimento são substâncias químicas desenvolvidas para atuar de diferentes formas no organismo. Eles podem inibir o apetite, modular o metabolismo da glicose e insulina, aumentar o gasto energético, inibir a absorção de gordura e reduzir a fome emocional. Segundo a especialista, a escolha da medicação é feita com base no perfil do paciente, considerando fatores como quantidade de peso a ser perdido, condições clínicas e estilo de vida. “Nenhuma medicação deve ser utilizada sem acompanhamento médico e sem mudança de hábitos alimentares e comportamentais”, ressalta.
Formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em 2017 e pós-graduada em Endocrinologia pela Ipemed, Dra. Fernanda Fonseca é reconhecida por sua abordagem integral e compromisso com a saúde e bem-estar de seus pacientes. Focada em reposição hormonal, terapias injetáveis, emagrecimento, longevidade e qualidade de vida, Dra. Fernanda atende pacientes a partir dos 12 anos, abordando condições como obesidade, diabetes, disfunções tireoidianas, menopausa e andropausa.
A médica explica que atualmente, os principais fármacos disponíveis no Brasil incluem os análogos de GLP-1, como Ozempic e Monjaro, considerados eficazes no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2. Além deles, o Contrave (associação de bupropiona e naltrexona) atua no sistema nervoso central para suprimir o apetite e controlar a compulsão alimentar. Outras opções incluem o Orlistate, que impede a absorção de gorduras, e inibidores de recaptação de serotonina, como a fluoxetina, que auxiliam no controle do apetite.
O Ozempic, inicialmente desenvolvido para tratar diabetes, tem sido amplamente utilizado no emagrecimento devido à sua capacidade de aumentar a saciedade e retardar o esvaziamento gástrico. No entanto, hoje existe o Wegovy, versão da semaglutida com dose mais alta e aprovação específica para obesidade. Apesar dos benefícios, a doutora alerta que qualquer medicação deve ser prescrita apenas após uma avaliação criteriosa. “Não utilizamos mais o índice de massa corporal (IMC) como parâmetro. Avaliamos gordura visceral, circunferência abdominal, histórico clínico e tentativas frustradas de emagrecimento”, explica.
O acompanhamento médico é essencial para monitorar a evolução do paciente e prevenir efeitos colaterais. Os mais comuns incluem náuseas, vômitos, constipação, diarréia e distensão abdominal. Além disso, a perda de peso pode ocorrer às custas de massa muscular, tornando fundamental a associação com atividade física, especialmente musculação. “A Tirzepatida, presente no Mounjaro, tem mostrado uma perda de peso mais eficiente na gordura visceral, com menor impacto na massa muscular”, destaca Fonseca.
Outro ponto crítico é a manutenção do peso após a interrupção do medicamento. A obesidade é uma doença crônica, sem cura definitiva, e exige tratamento contínuo. Para evitar o efeito sanfona, é imprescindível consolidar novos hábitos alimentares, prática regular de exercícios e suporte psicológico. “O papel do médico é guiar o paciente nesse processo, garantindo que o tratamento seja seguro e eficaz”, reforça Dra. Fernanda.
Novos avanços na medicina têm revolucionado o tratamento da obesidade. Um dos mais promissores é a Retatrutida, ainda em fase de estudos, que promete resultados superiores aos já alcançados pela Tirzepatida. No entanto, Fonseca enfatiza que nenhuma medicação substitui a necessidade de mudança de estilo de vida. “O emagrecimento exige decisão e comprometimento. Não adianta ter um arsenal de medicamentos se a pessoa não está disposta a mudar”, conclui.
O uso de medicamentos para emagrecimento deve ser encarado como parte de um plano de tratamento mais amplo, sempre sob orientação profissional, para garantir segurança e resultados sustentáveis a longo prazo.
Sobre a Dra. Fernanda Fonseca
A Dra. Fernanda Fonseca é médica, formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), pós-graduada em Endocrinologia pela Ipemed e especializada em reposição hormonal, terapias injetáveis, emagrecimento, longevidade e qualidade de vida. Com uma abordagem integrativa, alia medicina tradicional a terapias complementares baseadas em evidências, oferecendo tratamentos personalizados para promover saúde de forma plena e sustentável.
Atende pacientes a partir dos 12 anos, focando em condições como obesidade, diabetes, disfunções tireoidianas, menopausa e andropausa. Seus atendimentos ocorrem em Minas Gerais (Vazante e Patos de Minas) e São Paulo, com consultas aprofundadas e individualizadas.