Entenda os diferentes tipos de tensão e viva em paz com a sua TPM

A Tensão Pré-Menstrual (TPM) ou Síndrome Pré-Menstrual (SPM) é caracterizada por um conjunto de sensações, que iniciam cerca de 10 dias antes do início do ciclo menstrual e podem se prolongar por até duas semanas.

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A principal causa é a queda do estrógeno, o hormônio produzido naturalmente pelo organismo. Junto com a deficiência de outras vitaminas, predisposição genética e alguns hábitos de vida, a TPM pode ser um grande transtorno.

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Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 70% das mulheres em idade fértil sofrerão em algum grau com a TPM ao longo da vida. Embora comum, o incômodo não deve ser tão grande a ponto de atrapalhar as atividades do dia a dia. Nestes casos, é importante que o médico seja procurado para avaliação.

Principais sintomas

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Com a natural queda nos níveis de estrógeno e elevação nas taxas de progesterona ao longo do ciclo menstrual, uma série de sintomas podem ocorrer, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.

“Ansiedade, alterações do humor, seios doloridos, dor de cabeça, irritabilidade e cólicas são os mais comuns. No entanto, diversos estudos identificaram que nem todas as mulheres sentem os mesmos sintomas durante a TPM.”

Hoje, a tensão pré-menstrual é dividida em cinco tipos diferentes, que podem acontecer separadamente ou ao mesmo tempo.

TPM tipo A

Relacionada com a ansiedade, traz também queixas de desatenção. Principais sintomas:

• Ansiedade

• Tensão

• Dificuldade para dormir

• Irritabilidade

• Alterações de humor

TPM tipo C

Está relacionada com compulsão-alimentar e preferência por alimentos mais gordurosos, ricos em açúcar ou gorduras, como chocolates. Sintomas:

• Compulsão por doces ou salgados

• Vontade de comer guloseimas ou comidas diferentes

• Dores de cabeça

TPM tipo D

Os principais sinais são o aparecimento de sintomas depressivos, além de:

• Raiva sem razão

• Sentimentos perturbadores

• Pouca concentração

• Lapsos de memória

• Baixa autoestima

• Sentimentos violentos

TPM tipo H

Está relacionada principalmente à retenção de líquidos e suas consequências, como:

• Ganho de peso (por conta da retenção de líquido)

• Inchaço abdominal e nas extremidades do corpo, como mãos e pés

• Sensibilidade e inchaço em mamas

TPM tipo O

Este tipo reúne sintomas menos comuns, como:

• Alteração nos hábitos intestinais

• Aumento da frequência urinar

• Fogachos ou sudorese fria

• Dores generalizadas, incluindo cólicas

• Náuseas

• Acne

• Reações alérgicas

• Infecções do trato respiratório

TDPM

Para 3 a 11% das mulheres, os sintomas da TPM são tão fortes a ponto de ter suas vidas afetadas, tanto pessoal como profissionalmente. Estas mulheres têm o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).

“O diagnóstico é confirmado depois de realizados exames clínicos e laboratoriais para descartar problemas de tireóide, transtornos de ansiedade, depressão, estresse e deficiência de vitamina B6, cálcio ou magnésio, alta ingestão de cafeína e outras questões que podem causar sintomas semelhantes aos da TDPM”, explica o Dr. Alexandre.

Tratamento

Não existe um único tratamento específico para TPM, mas há alternativas para alívio dos sintomas de acordo com cada caso. Há, ainda, mudanças nos hábitos de vida que podem prevenir e até mesmo resolver boa parte dos casos, sem que seja necessário nenhum tipo de medicamento.

Segundo o Dr. Alexandre, a grande maioria apresenta melhora considerável a partir da prática regular de atividade física, alimentação mais equilibrada, boa rotina de sono e redução do estresse.

“Medicamentos ou suplementos podem ser necessários e serão avaliados individualmente. Um tratamento multidisciplinar também pode ser indicado pelo médico ginecologista, que poderá indicar a participação de profissionais como um endocrinologista, nutricionista ou psiquiatra, entre outros”.

Por haver todas estas possibilidades, é importante procurar um médico ginecologista sempre que a TPM estiver trazendo grandes prejuízos à vida da mulher de forma periódica.

Há risco, inclusive, de que outros quadros se agravem a partir da manifestação dos sintomas da TPM, como transtornos convulsivos, doenças do tecido conjuntivo, como lúpus eritematoso sistêmico (LES) ou artrite reumatoide, distúrbios respiratórios, tais como alergias, enxaquecas, transtornos de humor, tais como depressão ou ansiedade e distúrbios do sono.

Anticoncepcionais e TPM

Para alguns casos, uma opção para aliviar os sintomas da TPM pode ser o uso de pílula anticoncepcional. Este medicamento mantém os níveis de estrógeno sempre elevados, evitando a queda brusca, responsável pelos sintomas.

No entanto, esta opção deve ser discutida junto do médico ginecologista, para que seja feita uma avaliação e confirmada a indicação.

Prevenção

Qualquer que seja o tipo de TPM, existem algumas medidas que podem auxiliar para prevenir, amenizar o desconforto ou até mesmo resolver os sintomas de muitas mulheres. Confira:

• Pratique pelo menos 2h30 de exercícios moderados por semana (cerca de 30 minutos, 5 vezes por semana)

• Inclua em sua dieta grãos integrais, proteínas magras, laticínios de baixo teor de gordura, frutas e legumes, alimentos com alto teor de fibras, cálcio e vitamina D

• Reduza cafeína, álcool, alimentos ricos em açúcar, gorduras e sal

Antes de tomar qualquer tipo de medicamento ou suplemento, é importante a consulta médica. Até mesmo as vitaminas, em excesso, podem ser prejudiciais e causar danos se tomadas sem orientação profissional.


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