Esse medicamento tem ganhado popularidade entre celebridades em busca de emagrecimento. O apresentador Bacci, por exemplo, compartilhou que conseguiu perder incríveis 15 quilos em um curto espaço de tempo com o auxílio desse novo medicamento, que tem se tornado um favorito entre famosos, incluindo artistas como Ivete Sangalo e Anitta.
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O uso de um medicamento originalmente desenvolvido para tratar o diabetes mellitus tipo 2 tem surpreendido a comunidade médica com resultados notáveis no combate à obesidade, mostrando uma redução de peso corporal de até 50%. Sua ação é semelhante à do Ozempic, pois aumenta os níveis de GLP-1 e GIP, amplificando esses hormônios que, quando em alta no organismo, ajudam a suprimir a sensação de fome.
Segundo a nutróloga Fernanda Cortez, este medicamento, que é tomado semanalmente, ativa os receptores de dois hormônios cruciais no sistema digestivo: o GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon) e o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose). Ambos desempenham um papel fundamental na regulação do apetite, e a tirzepatida trabalha para reduzir a sensação de fome e ajustar a utilização de gordura pelo corpo.
“O Mounjaro requer prescrição médica para seu uso. Embora esteja disponível sem receita médica, é fundamental que um profissional de saúde o recomende. Além disso, é importante ressaltar que a adoção de um estilo de vida saudável e a prática de atividade física podem ter um impacto significativo”, explica Dra. Fernanda.
A sustentabilidade e a eficácia do tratamento estão diretamente relacionadas a esses fatores. Por exemplo, o Ozempic é frequentemente usado por pacientes que não alteram seus hábitos alimentares, continuando a consumir alimentos pouco saudáveis, mesmo em quantidades menores. Isso ocorre porque o medicamento reduz a sensação de fome, resultando em uma ingestão calórica reduzida, mas não necessariamente em escolhas alimentares mais saudáveis. “A prescrição e supervisão de um médico são essenciais ao considerar este medicamento. É importante ter cautela, pois o medicamento também pode apresentar efeitos colaterais significativos, como náusea, vômito, enjoo e problemas intestinais, incluindo constipação”, enfatiza a nutróloga.
A modificação do estilo de vida, consultas médicas regulares, exames de diagnóstico e tratamento da causa subjacente são cruciais. Depender exclusivamente da medicação pode resultar em um ciclo de perda de peso seguido de ganho de peso, o que não é sustentável a longo prazo.
O Mounjaro já foi aprovado nos Estados Unidos, Japão e vários países europeus para o tratamento do diabetes tipo 2 e atualmente está em processo de avaliação pela Anvisa para uso no Brasil com essa finalidade.
Dra. Fernanda Cortez (Nutróloga)– Formada em Ciências Médicas pela Faculdade Santa Marcelina; Internship em Endocrinologia e Diabetes pelo Joslin Diabetes Center, da Harvard Medical School, em Boston – Estados Unidos; pós-graduada em Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia); pós-graduanda em Nutriendocrinologia Funcional; e pós-graduada em Tricologia (medicina do cabelo) pela BWS.
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