Que mulher nunca ouviu o conselho para forrar o vaso sanitário antes de usar um banheiro público? Em privadas de uso coletivo, é comum dobrarmos duas camadas de papel por cima da bacia de louça ou usarmos aquele protetor de papel que empresas e estabelecimentos disponibilizam em suportes colados na parede, mas será que esse macete ajuda mesmo a prevenir doenças?
Conversamos sobre o assunto com a Dra. Bárbara Murayama, ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho de São Paulo, e ela esclareceu que cobrir o vaso com papel ou desinfetá-lo por fora com álcool em gel ajuda, sim, a evitar contaminações. No entanto, a médica explica que as chances de contrair doenças ao sentar na privada são mínimas, exceto em pessoas com imunidade comprometida.
“O banheiro é um ambiente com muitos microorganismos, mas uma pele íntegra é capaz de nos proteger da maioria deles. Fungos e bactérias que causam micoses e infecções de urina, por exemplo, estão por lá, mas a chance de contaminação é muito baixa”, diz a Dra. Bárbara.
Outro mito difundido por aí é que seria possível pegar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) no assento. De acordo com a ginecologista ouvida pelo Virgula, na prática, é muito difícil que isso aconteça, pois os vírus precisam da célula humana para se manterem vivos, e, fora do corpo, eles morrem rapidamente.
Apesar da baixa possibilidade de se infectar sentando na parte externa do vaso sanitário, o respingo da descarga pode, sim, trazer doenças caso atinja a mucosa genital. “É importante abaixar a tampa antes de dar descarga e nunca esquecer de lavar as mãos após urinar ou evacuar, pois esses hábitos de higiene são uma saída para evitar contaminações. Todos os lugares do banheiro podem conter microrganismos, desde o botão da descarga até a maçaneta da porta”, finaliza a Dra. Bárbara.
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