Desde o ano passado a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a comercialização e registro de fármaco à base de Canabidiol. De acordo com o órgão, o Canabidiol poderá ser prescrito quando outras opções terapêuticas disponíveis no mercado brasileiro, estiverem esgotadas.
Em abril deste ano, a Anvisa autorizou a importação de dois novos produtos na forma de soluções de uso oral, que devem ser prescritos por meio de receituário Tipo B. Eles são fabricados nos Estados Unidos e também podem ser importados já prontos para o uso.
O Canabidiol e o tetra-hidrocanabinol são alguns dos derivados da maconha. O cultivo da planta em território brasileiro não é permitido. Os produtos já aprovados para uso medicinal à base de Cannabis no Brasil exigem receita médica de controle especial. O tipo de receita varia de acordo com a concentração solicitada pelo médico.
O médico-cirurgião Thiago Marra há cerca de dois anos chegou a um quadro de exaustão profissional e pessoal, apresentando insônia e ansiedade. Procurou ajuda de um psiquiatra, e deu início ao tratamento médico com o uso do Óleo de Canabidiol há duas semanas.
Segundo Marra, o assunto ainda é pouco conhecido. “Os estudos mostram vários benefícios, como no tratamento da ansiedade, no estímulo de novas conexões nervosas, efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes”, conta. “Existem também dados que revelam melhoras de problemas intestinais, tratamento de dores, controle de apetites e até redução de efeitos colaterais de quimioterapias”, explica.
A Anvisa informa, que a indicação e a forma de uso dos produtos à base de Cannabis são de responsabilidade do profissional médico, sendo que os pacientes devem ser informados sobre o uso dos produtos em questão.
Paciente do medicamento e profissional de saúde, doutor Marra sempre está à procura de especializações e atualizações na área médica, e chegou a participar de congressos e palestras sobre Canabidiol. “É uma forma que eu posso compartilhar um pouco sobre minha experiência no meu tratamento de insônia e ansiedade”, relata.