Como funciona o DIU: médica explica mudança de contraceptivo de Virgínia Fonseca (Foto: Divulgação)

Considerado um dos métodos contraceptivos mais assertivos, o Dispositivo Intrauterino (DIU) responde a uma eficácia de 99,2% a 99,4% no caso do DIU de cobre e de 99,8% no caso do DIU hormonal. É um método de longa duração, reversível e não hormonal, podendo ser utilizado no pós-parto e no pós-abortamento imediatos. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que apenas 2% das mulheres brasileiras utilizam o DIU ou implante contraceptivo, o que mostra que 4 em cada 100 brasileiras em idade fértil e sexualmente ativas usam o método.

PUBLICIDADE

> Siga o Virgula no Instagram! Clique e fique por dentro do melhor do Entretê!

Virgínia Fonseca, influenciadora e apresentadora de TV, é uma das adeptas desse contraceptivo, de acordo com seu anúncio no fim do ano passado. Ela contou que parou de usar o implante subcutâneo Implanon e aderiu ao DIU Mirena por recomendação de sua médica. Isso porque o antigo método não era indicado para pessoas como ela, que têm crises de enxaqueca, e ela está fazendo tratamento para isso nos últimos meses.

PUBLICIDADE

Segundo a ginecologista e obstetra Dra. Janifer Trizi , com o Mirena a apresentadora tem apenas algo em torno de 0,2 a 0,7% de chances de engravidar. “Trata-se de um procedimento de fácil aplicação, colocado com sedação com Propofol. Mas na maioria das pacientes eu coloco com anestesia local, no consultório mesmo”, enfatiza.

Trizi, que também é médica integrativa funcional com especialização em ginecologia, modulação hormonal e longevidade, explica que o Implanon (Etonorgestrel) impede a ovulação, enquanto com o Mirena (Levonorgestrel) a paciente continua ovulando. “A única coisa que muda é o muco cervical, além de que o espermatozoide não consegue chegar até o ovulo para fecundá-lo”.

PUBLICIDADE

A especialista pontua que sua eficácia aumenta ao associar o hormônio progesterona sintética ao método mecânico do DIU. “São muito eficazes na prevenção de gravidez, perto de 100%. Mas podem aumentar acne, dar enxaqueca, alterações de humor e em algumas, que continuam menstruando, até dismenorreia (cólica menstrual) e dor abdominal e pélvica”, esclarece.

Para quem pretende mudar o método, Dra. Janifer detalha que no mesmo procedimento de retirada de um DIU pode ser inserido o outro. “Após a inserção do DIU é necessário um acompanhamento a cada seis meses com ultrassom transvaginal. E se começar a ter muita cólica (dismenorreia), muita dor para ter relação (dispareunia) ou sangramento excessivo (hipermenorreia), deve procurar o médico para realização de ultrassom transvaginal anteriormente”, finaliza.


int(1)

Como funciona o DIU: médica explica mudança de contraceptivo de Virgínia Fonseca