
Cirurgia marcada? Veja por que o peso ideal faz toda diferença no resultado (Foto: Divulgação)
Cirurgias plásticas fazem parte da rotina de milhares de brasileiros a cada ano, seja por razões estéticas ou reparadoras. No entanto, muitos pacientes ainda desconhecem um dos principais critérios de segurança e sucesso no resultado: estar com o peso corporal adequado antes do procedimento.
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Segundo a cirurgiã plástica Luiza Hassan, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), essa é uma das primeiras orientações feitas durante a consulta. “Para uma adequada avaliação do planejamento cirúrgico, de ver o que aquela paciente precisa, para poder avaliar a qualidade de pele, o quanto ela tem de flacidez, a paciente tem que estar num peso que ela consiga manter a longo prazo e que seja um peso adequado para a estatura dela”, afirma.
O raciocínio é simples: se a paciente pretende emagrecer depois da cirurgia, o resultado alcançado pode ser comprometido. Isso acontece porque, com a perda de peso, é comum aumentar a flacidez da pele – tanto em regiões operadas como abdômen e mamas quanto em outras áreas. Isso pode levar à insatisfação estética e até à necessidade de novos procedimentos.
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Avaliação clínica e segurança
Durante o pré-operatório, alguns especialistas costumam considerar avaliação por bioimpedância para avaliar parâmetros como quantidade de gordura visceral, taxa muscular, percentual de gordura corporal e nível de hidratação, junto de exames laboratoriais funcionais para avaliar se a paciente está em boas condições físicas e metabólicas para o procedimento.
Em casos de cirurgias corporais mais complexas – como lipo HD, abdominoplastia ou na associação de procedimentos – esses parâmetros interferem diretamente no resultado e na evolução pós operatória.
“O sobrepeso ou obesidade leve aumenta significativamente os riscos cirúrgicos. Entre as complicações mais comuns estão seromas, que são acúmulos de líquido no pós-operatório, abertura de pontos, infecções e até trombose venosa profunda”, explica a cirurgiã.
Estudos citados pela SBCP apontam que o risco de eventos adversos pode ser até 35% maior em pacientes com IMC acima de 30. Além disso, o tempo de recuperação tende a ser mais longo, com maior chance de reoperações ou de insatisfação com o resultado.
Luiza Hassan reforça que a cirurgia plástica deve ser considerada como uma etapa de finalização em um processo de reequilíbrio do corpo e da saúde e não como solução imediata para emagrecer ou “mudar de vida” rapidamente.
“A cirurgia plástica deve ser uma etapa final de autocuidado, depois que a paciente já regularizou vários aspectos da vida dela. Se ela estiver ainda em fase de emagrecimento, ou sem conseguir manter um peso estável, o ideal é adiar a cirurgia”, aconselha.
Além da segurança, a especialista destaca que operar no peso adequado melhora a qualidade do resultado estético, já que permite um planejamento mais preciso do que será feito: a quantidade de pele a ser retirada, o grau de correção necessário, o posicionamento ideal dos tecidos e até a escolha da técnica cirúrgica.
E se a paciente engordar depois da plástica?
Assim como o emagrecimento posterior à cirurgia pode gerar flacidez, o ganho de peso após o procedimento também pode comprometer o resultado. Isso vale especialmente para cirurgias de contorno corporal e das mamas.
“Alterações significativas no peso corporal afetam diretamente a durabilidade do resultado. Por isso, o ideal é que o paciente esteja já em um padrão de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática regular de exercícios, antes mesmo de agendar a cirurgia”, diz Hassan.
A recomendação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica segue na mesma linha: o ideal é que os pacientes estejam com IMC inferior a 28 para procedimentos eletivos estéticos. Cirurgias realizadas em pacientes acima desse índice devem ser cuidadosamente avaliadas, com atenção redobrada no pós-operatório.
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