De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2022, publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation), uma organização voltada para redução, prevenção e tratamento da obesidade, a doença deve atingir quase 30% da população adulta do Brasil em 2030.
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Segundo a nutricionista Monik Cabral, a obesidade não é algo tão simples para muitas pessoas e nem sempre é uma questão de exageros ou sedentarismo como muitos acham. “As vezes é uma questão genética, metabólica e que não é tão simples regredir. Nestes casos, o acompanhamento multidisciplinar é ainda mais severo.”
Monik relembrou que o Brasil está entre os países com maiores índices de obesidade no mundo. Segundo a federação, estamos entre os 11 países onde vivem a metade das mulheres com obesidade e entre os nove que abrigam metade dos homens com obesidade.
“São dados alarmantes, que nos chamam atenção para essa ‘pandemia’, onde os números não param de crescer. Muitas pessoas se submetem a dietas restritivas buscando o emagrecimento de forma definitiva, mas infelizmente esquecem de dar atenção a outros fatores importantes, como a manutenção do estilo de vida que deve considerar, como por exemplo a prática de atividade física, sono de qualidade e a saúde emocional”, completou a nutricionista.
Ainda conforme ela, é sim necessário um processo de emagrecimento saudável e sustentável. “Isso dificultaria o famoso efeito sanfona, onde a pessoa emagrece mas logo reganha todo o peso perdido”.
Obesidade não deve ser romantizada
Segundo a profissional de saúde, o fato de cada pessoa ter que se sentir bem e se aceitar da forma que é só funciona na teoria. “Nada como se sentir bem e se aceitar, entender suas limitações e usufruir do melhor que se pode ser. Mas, na prática, o que os olhos veem o coração sente. A obesidade não é, somente, o fato de estar acima do peso. É uma análise científica de dados, exames, doenças crônicas (diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares) que cercam o indivíduo obeso”, alertou.
A nutricionista também deu dicas valiosas para evitar a obesidade:
“Fazer o planejamento das refeições para a semana toda;
Evitar alimentos industrializados e frituras, excesso de açúcar;
Não pular as refeições;
Controlar o consumo de alimentos de origem animal;
Beber bastante água;
Dormir o suficiente (7-8h de sono).
Para a Coach de Emagrecimento, também formada em fisioterapia com alunas em mais de 34 países, Fernanda D’avila, durante o processo de emagrecimento muita gente se sabota por ter o seguinte pensamento equivocado: Ah! Já comi uma colher de doce que não deveria, vou comer o pote inteiro. Ah! Já não fui à academia ontem, também não vou hoje.
“Percebem como esse pensamento tudo ou nada é ruim? Essa não deve e não pode ser a mentalidade de quem deseja emagrecer definitivamente”, alertou.
Aliás, segundo a profissional, é exatamente por isso que é importante contar com a ajuda de uma equipe multidisciplinar. “Não adianta viver de dieta ou passar horas na academia. Se só isso fosse suficiente, os índices de obesidade não estariam historicamente aumentando cada vez mais”, corroborou.
Ainda conforme Fernanda, o correto é investirmos em reprogramações dos hábitos. “Assim, seu emagrecimento não será um sofrimento, mas salvação”, disse.
Fernanda comentou que é importante saber e ter consciência que quem acha que precisa seguir à risca seu plano alimentar e uma ter uma rotina perfeita é quem, geralmente, não obtém resultados rápidos e duradouros.
“A maior dificuldade é começar, dar o start e principalmente manter o novo estilo de vida.” Por isso, até mesmo os médicos, nutricionistas e educadores físicos possuem uma grande dificuldade para fazerem seus clientes e pacientes se manterem magros”,
Para ela, pode ser o melhor profissional mas, se o paciente não aplicar as recomendações, os resultados não serão satisfatórios, emendou.
É preciso uma maior abordagem e discussão sobre a mudança de mentalidade no emagrecimento e por isso meu propósito é salvar vidas através do emagrecimento do corpo e da mente”, finalizou.