Ryan Key (vocal, guitarra), Sean Mackin (violino, vocal), Benjamin Harper (guitarra), Longineu Parsons 3º (bateria) e Pete Mosely (baixo, vocal) estão experimentando pela primeira vez como é tocar para os brasileiros.

Em sua primeira turnê pela América do Sul, os rapazes do Yellowcard estão surpresos com a receptividade do público.

Antes do show em São Paulo neste sábado, Pete, Sean e o tímido Longineu receberam o Virgula no camarim do Via Funchal para um rápido bate-papo. Veja como foi.

Lights and Sounds, novo disco

O último trabalho do Yellowcard é bem diferente do anterior, Ocean Avenue. As letras falam de morte, guerra, perdas e expetcativas. Haveria alguma mensagem política por trás do disco? Pete afirma que não. “Não houve intenção de passar nenhuma mensagem. É um disco que reflete novos acontecimentos não só na banda como no mundo, a guerra por exemplo. É realmente um disco mais sério, com o qual quisemos mostrar que na vida acontecem coisas boas e ruins e é preciso esperar por elas e estar preparado”, disse o baxista.

A diferença na sonoridade e nas letras não significa dizer que o Yellowcard mudou seu caminho ou vai seguir uma linha determinada. E Pete explica: “A idéia era justamente fazer uma coisa diferente”.

Nova York

Para compor as músicas de Lights and Sounds, Ryan e Pete mudaram-se para Nova York, a cidade onde tudo acontece. “Dizem que você deve viver pelo menos um ano de sua vida em Nova York”, brinca Pete, “cumpri minha parte”.

O baixista diz que foi uma coisa legal de ser fazer por um ano, e lá puderam pensar e viver outras coisas, novas influências que tornaram-se músicas depois.

O violino

Sean começou a tocar violino aos seis anos e conta que nunca quis fazer parte de numa banda de rock. “O problema é que comecei a andar com os caras errados”, brinca. Buscando influências na música clássica, ele acredita que pode contribuir muito com o instrumento, pouco comum em bandas de punk rock. “Nesse disco pude me envolver mais com os arranjos, compor, e acho que pelo resultado, não decepcionei os outros integrantes”.

Fama

O sucesso rápido do Yellowcard não mexeu com a cabeças do grupo. Pete diz que integrar uma banda de rock “não é tão glamoroso quanto parece”.

“Conhecemos tantas pessoas que acham que são melhores que as outras, e não sei porque. Alguns fãs nos tratam como se não fossemos reais”, comenta Sean.

Show no Rio e música brasileira

“Em algumas músicas, tive a sensação de que estava tocando pela primeira vez”. O comentário de Sean sobre o show no Rio mostra que o grupo não esperava tanta receptividade. “Nos perguntam qual era a nossa expectativa. Não tínhamos. Não sabiamos o que esperar”, completa ele.

O trio confessa não conhecer muito de música brasileira – apenas o Sepultura é citado – mas elogiou uma de suas bandas de abertura, o Fresno. “Vi eles na televisão e achei incrível”, disse Sean.

As exigências

E só para esclarecer, a história de que o grupo havia pedido um cão de raça para passear, era apenas piada. Quem garante e Pete. “Todos da banda temos e adoramos cães. Mas tem sempre essa coisa de dizer o que vamos querer então de brincadeira disse que queria um cachorro”.

O pedido não foi atendido, mas divertiu a banda. “Achei engraçado quando cheguei e a produção me disse que infelizmente não haviam conseguido o cão”.


int(1)

Yellowcard exclusivo: 'No Rio, parecia que estávamos tocando pela 1ª vez'