Olha, escutar Blackout, o novo disco de Britney Spears, pode causar certa indigestão. Recomendo, logo de cara, não ousem ouvir essa peça, que dificilmente estará entre as boas lembranças musicais de meados dos anos 2000.

Talvez a minha expectativa tenha sido grande, afinal passaram-se quatro anos, desde o último disco de estúdio da moça, In The Zone, 2003. E até que a ‘bolachinha’ rendeu bons singles, Toxic e Me Against the Music, dobradinha com Madonna.

Ok. Mas vamos lá: Produção nota 10, quer dizer que deve ter custado pra lá de dez milhões de dólares. Sim, por trás da voz computadorizada de Brit e das bases eletrônicas que acompanham as músicas, está o toque de midas do senhor Pharrel Willians, produtor bombado mestre em lançar estrelas do R&B.

As 12 faixas são extremamente forçadas, com uma Britney ameaçando quase desabar com sua voz plástica, que provavelmente não vingará para fazer um show ao-vivo e sem playback.

Quando a cantora ameaça a mostrar sã consciência, como na canção Peace Of Me, uma observação sarcástica sobre sua vida, nas faixas seguintes ela continua o desencanto com letras bobas, recorrendo sobre baladas e sensualidade exacerbada. Freakshow, Why Should I Be Sad e Hot As Ice são dispensáveis.

Quando a pop inicia Gimme More, com seu “It´s Britney, Bitch”, intimando a todos, parece até que ela voltou para ficar, mas Brit não segura a onda.

Brintney não evolui e ponto final. O talento dela talvez esteja condicionado mais para seus momentos desesperados, quando raspa a cabeça, anda sem calcinha e perde a guarda dos filhos.

+Opine na coluna do Veloso Gilberto


NOTÍCIA ANTERIOR:

PRÓXIMA NOTÍCIA:

int(1)

Veloso Gilberto: 'Britney ameaça desabar com sua voz plástica, em Blackout'

Sair da versão mobile